Neofobia alimentar é predominante em crianças autistas

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Banco de Imagens: Unsplash

A fase de introdução alimentar nas crianças não é uma experiência fácil. Os novos sabores, texturas e aparência pode causar estranheza no primeiro momento, entretanto, com o tempo a diversidade dos alimentos é integrada na rotina dos pequenos.

Apesar disso, vale destacar que algumas crianças e até adultos costumam apresentar uma resistência maior ao consumo de determinados tipos de alimentos. Esta condição merece uma atenção especial, inclusive, um diagnóstico médico, visto que há vários distúrbios alimentares que podem causar essa rejeição, como é o caso da neofobia alimentar.

A neofobia alimentar é um comportamento caracterizado pela rejeição de novos alimentos, entretanto, diferente da seletividade alimentar, onde o indivíduo recusa um grande número de alimentos de um mesmo grupo; na neofobia a criança ou adulto simplesmente tem medo de comer determinado alimento.

Com prevalência no público infantil, a neofobia alimentar também tem sido diagnosticada em 90% dos casos de indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), de acordo com a Associação Brasileira de Nutrologia.

 

Diferença entre a Neofobia Alimentar e Seletividade Alimentar

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Banco de Imagens: Unsplash

A rejeição por alguns alimentos é algo bem típico do desenvolvimento da primeira infância, entretanto, quando a condição é estendida além da infância tardia, pode ser considerado como Neofobia ou Seletividade Alimentar .

Neofobia

A neofobia costuma aparecer entre 3 a 6 anos, gerando um medo intenso na criança sobre um tipo de alimento. Diferente da seletividade, a recusa não é apenas em experimentá-lo, mas até de tocar ou se aproximar de tal alimento.

Diante disto, o tratamento exige paciência, visto que a criança precisa se sentir segura para aceitar o que até então, lhe confere medo.

De acordo com especialistas, entre as alternativas para garantir que a criança supere o medo do alimento é apresentá-lo de outras formas, inclusive, em outros horários que não seja na refeição, como por exemplo, em livros de histórias, brinquedos, desenhos para pintar e até na hora da compra.

Também é importante contar com o auxílio de um especialista em nutrição, a fim de garantir uma educação alimentar de forma adequada e sem pressões.

Seletividade Alimentar

Já a seletividade alimentar é caracterizada pela falta de interesse por determinado grupo alimentar. Nela, as preferências alimentares acabam sendo bem restritas.

Geralmente, na seletividade, a criança não come a maior parte dos alimentos de um grupo. Vale destacar, que os grupos alimentares são divididos em cinco: proteína, leguminosas, verduras, legumes e carboidrato.

Neste caso, se ela tem seletividade para o grupo 1, o de proteína por exemplo, ela não come nenhum tipo de carne, seja vermelha, branca ou peixe, porém, se ela não come apenas a carne vermelha, a condição não pode ser considerada como seletiva, já que a recusa é em apenas um alimento.

A seletividade alimentar pode ser identificada a partir dos dois anos de idade.

Seu tratamento também pode ser acompanhado por uma nutricionista, a fim de facilitar a introdução deste grupo de alimentos rejeitados, entretanto, em casa os pais podem oferecer o alimento em outras ocasiões, preparando de formas diferentes, sempre insistindo, mas sem forçar ou desistir.

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