Hepatite medicamentosa: Danos no fígado estão entre os efeitos do uso de remédios

photo-1600673040572-9c3daab6a157
Banco de Imagens: Unsplash

Em tempos de alerta à saúde, o uso abusivo de remédios e vitaminas, inclusive, por automedicação nunca foram tão recorrentes, como vêm acontecendo durante a pandemia.

A cada notícia divulgada sobre um suposto antídoto contra o coronavírus ou mesmo, recursos para fortalecer o sistema imunológico, inúmeras pessoas acabam apostando suas expectativas de prevenção ou tratamento com o uso de medicamentos, que muitas vezes nem possuem eficácia comprovada.

Sem orientação médica ou excedendo as indicações de uso, essas pessoas têm como resultado efeitos contrários à promoção à saúde, como por exemplo, danos no fígado e até hepatite medicamentosa.

Além disso, vale destacar, que alguns desses medicamentos que estão sendo utilizados durante os tratamentos de quadros leves da Covid-19, como o invermectina, vem sendo apontado pela sua característica de hepatotoxicidade, ou seja, capacidade de gerar danos no fígado.

Outros remédios de uso mais recorrente, como o Paracetamol também é conhecido pelo alto grau de hepatotoxicidade, quando utilizado em excesso.

 

Leia também: Covid-19: Médicos alertam sobre ivermectina após suspeita de hepatite medicamentosa aguda

Hepatite medicamentosa

O consumo excessivo de determinados medicamentos com propriedades hepatotóxicas prejudicam o funcionamento do organismo, levando a morte das células do fígado, denominada como hepatite medicamentosa. Também podem gerar outros danos ao órgão como alteração no fluxo dos canais da bile e a insuficiência hepática.

Grande parte das alterações no fígado são assintomáticas, ou seja, não apresentam sinais que indicam que algo não vai bem no órgão, o que acaba agravando ainda mais o quadro, já que o tratamento acaba ocorrendo de forma tardia.

Em outros casos, sintomas como desconforto abdominal, náusea, vômito, febre e redução do apetite pode ocorrer, entretanto, visto que tais consequências são consideradas comuns, o diagnóstico se torna mais difícil.

A hepatite medicamentosa quando avançada, interfere na cor das fezes, urina e até na pele, que apresenta um tom mais amarelado.

A fim de facilitar a detecção da condição, muitos médicos costumam solicitar exames laboratoriais, como o a dosagem de enzimas do fígado, como a AST e ALT: a aspartato aminotransferase e a alanina aminotransferase.

Tratamentos e prevenção contra a hepatite medicamentosa

Caso o quadro seja comprovado devido ao abuso de medicamentos, o uso pode ser interrompido, entretanto, é essencial comunicar o médico antes de adotar esta posição. Já se a utilização da substância, que vem causando a hepatotoxicidade for feita através da automedicação, a suspensão deve ser feita imediatamente.

Dependendo do grau da hepatotoxicidade, e logo, das lesões no fígado, o tratamento pode variar, chegando em alguns casos à necessidade de transplante do órgão.

Diante desta realidade, fica o alerta para os perigo da automedicação, inclusive, do uso sem controle de remédios do “kit Covid”, que além de não apresentar eficácia científica podem gerar graves lesões no fígado.

Ademais, seguir as recomendações médicas e buscar recursos naturais, como uma alimentação equilibrada, a fim de reforçar a imunidade, pode ser bem mais favorável ao organismo, do que investir em suplementos vitamínicos e medicamentos em excesso.

 

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.