Brasileiros têm dificuldade em adequar a quantidade de exercícios recomendada pela OMS

Já faz quase dois meses que a OMS (Organização Mundial de Saúde) alterou as diretrizes globais sobre atividades físicas e comportamento sedentário, aumentando de 150 para 300 minutos, a recomendação de atividades físicas moderadas por semana.

A alteração, de acordo com a OMS, foi necessária, visto o aumento de doenças e mortes provocadas pelo sedentarismo no Brasil e no mundo. De acordo com uma pesquisa feita pela organização, “a taxa de sedentarismo, 10 horas ou mais por dia, está ligada a um risco significativamente de morte”.

Apesar destas advertências, muitos brasileiros ainda não conseguem adotar as medidas indicadas pela OMS no dia a dia. A rotina atribulada e falta de tempo estão entre os principais motivos das pessoas não conseguirem praticar pelo menos 40 minutos de exercícios por dia.

Sedentarismo no Brasil

O alerta da OMS não é por caso, visto que dados de um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2019, já apontavam o sedentarismo como uma grave tendência no país.

Segundo o levantamento, 40,03% dos adultos são considerados sedentários no país. Além do número elevado de sedentários, no mesmo ano, foi destacado também pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) em parceria com o Ministério do Trabalho, o crescimento do consumo de álcool, onde 26,4% da população afirmava consumir bebida alcoólica pelo menos uma vez na semana.

Esses fatores associados a uma alimentação desequilibrada refletem diretamente na qualidade da saúde física, inclusive, mental do individuo.

Consequências do sedentarismo

A falta da prática de atividades físicas no dia a dia pode refletir em inúmeras consequências negativas à saúde.

A começar pelas físicas, doenças como a obesidade, atrofia muscular, aumento do colesterol e outros problemas cardiovasculares são bem comuns em pessoas sedentárias. Já a saúde mental pode ser afetada por meio do distúrbio do sono, ansiedade e até depressão.

Como as atividades físicas ajudam a prevenir doenças?

Visto todos os agravantes causados pelo sedentarismo, garantir pelo menos 40 minutos de atividades físicas, sem dúvida, irá transformar não só a saúde, como também a qualidade de vida do praticante.

Ao se movimentar regularmente, o corpo humano libera diversos hormônios benéficos como a adrenalina, endorfina, serotonina, noradrenalina e GH.

Cada um desses hormônios podem estimular partes do organismo diferentes, provocando sensações de prazer ou melhorando o sistema funcional dos órgãos.

Desta forma, há uma melhora na circulação sanguínea, pressão arterial, fortalecimento do músculo cardíaco e controle dos níveis de HDL (colesterol bom) do organismo. Além disso, esses 40 minutos de atividades, ainda podem aumentar a capacidade cardiorrespiratória.

Todos esses benefícios diminuem as incidências de Acidente Vascular Cerebral (AVC), ataques cardíacos, Diabetes, Colesterol, além das demais consequências mentais destacadas acima.

Os 40 minutos que fazem toda a diferença

Adequar esses 300 minutos semanais, que podem ser divididos em 40 minutos diários, pode ser um pouco complicado para quem vive uma rotina repleta de afazeres, mas, os profissionais da saúde alertam, que antes dedicar esse tempo à prevenção, do que posteriormente à cuidados reparatórios com a saúde.

Diante disto, é importante, dentre às 24 horas do dia, tirar pelo menos esses 40 minutos para o cuidado da saúde e bem estar, afinal, muitas vezes este tempo é gasto com hábitos nem tão saudáveis como acesso exagerado às redes sociais, tabagismo, entre outros costumes do dia a dia.

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