Uma nova projeção da inflação de 2021, indicou um percentual de 7% até o fim do ano. De acordo com os dados, caso a previsão realmente ocorra, o salário mínimo terá o maior reajuste dos últimos seis anos, passado de R$ 1.100 para R$ 1.177.
Trabalhando nesta possibilidade, embora ocorra um aumento de R$ 77 no salário mínimo, no fim das contas o piso nacional não receberá um ganho real, visto que a correção só é realizada para que o trabalhador não perca o seu poder compra.
Além disso, com o reajuste salarial, vários benefícios governamentais serão afetados. Isso porque, estão intimamente relacionados ao valor do piso nacional.
Segundo a legislação, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não pode pagar um salário inferior ao piso nacional vigente a seus segurados. Logo, com o reajuste de R$ 1.177, quem recebe atualmente um benefício no valor de R$ 1.100, terá um acréscimo de R$ 77 no próximo ano.
Com relação aos aposentados e pensionistas que recebem mais que um salário mínimo, terá o seu benefício corrigido conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), sobre o valor do novo piso nacional.
No mais, após a correção do salário mínimo, os contribuintes individuais ou facultativos que recolhem o valor de um piso nacional mensalmente, a partir de fevereiro de 2022 terão que disponibilizar uma quantia de R$ 1.177 a Previdência Social.
De acordo com o Ministério da Economia, a cada aumento de R$ 1 no salário mínimo, o custo é de R$ 315 milhões aos cofres da União. Considerando o reajuste de R$ 1.177 para o piso nacional do ano que vem, o impacto seria superior a R$ 24 bilhões só no próximo Orçamento.