Recentemente, o governo confirmou que o auxílio emergencial terá duas novas parcelas. Até então, o auxílio pagaria três parcelas de R$ 600. Apesar do valor da quarta e quinta parcelas não ter sido revelado, o governo defende que sejam de R$ 300.
Já os parlamentares defendem que as duas novas parcelas sejam de R$ 600 novamente. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) provocou que, caso o corte seja feito dos salários dos deputados, ele aceitaria pagar “até R$ 1.000” no auxílio emergencial voltado para a parcela mais vulnerável dos brasileiros.
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, respondeu que está aberto a discutir a diminuição salarial, porém a conta de Bolsonaro está “distante”. “O custo de dois meses [de auxílio] são R$ 100 bilhões, o custo anual dos salários dos parlamentares são R$ 220 milhões bruto. Lembrando que a câmara já economizou mais de R$ 150 milhões”, explicou Maia.
Agora, de acordo com a Folha de S. Paulo, os salários dos deputados não conseguiria bancar o auxílio. De acordo com o jornal, o gasto por mês com deputados e senadores é de cerca de R$ 20 milhões. Com o valor, seria possível bancar apenas 0,05% dos R$ 38,6 bilhões necessários do que foi gasto pelo governo na primeira parcela do auxílio.
Mais ainda, mesmo se não fossem considerados apenas os salários, a conta não fecharia. Se todos os gastos do Congresso fossem cortados, incluindo funcionários e viagens, não seria possível bancar nem um terço de um mês do auxílio emergencial.
A União prevê gasto de R$ 10,8 bilhões com a Câmara dos Deputados e Senado para 2020. Se todo esse orçamento fosse usado para o auxílio, 28% de uma parcela mensal seria bancado.