A educação financeira é definida como a combinação de conhecimentos financeiros com atitudes, habilidades e comportamentos. Tudo isso é essencial para tomar a decisão assertiva do que fazer com o dinheiro ganho, baseada em circunstâncias pessoais. Ser alfabetizado financeiramente contribui para a melhoria do bem-estar do seu bolso e da vida em geral.
Os conceitos que determinam a educação financeira não conseguem destacar todas as questões associadas a esse complexo ambiente. Conforme sua definição, qualquer pessoa pode ser considerada analfabeta financeira por não ter habilidades ou conhecimentos suficientes sobre finanças.
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Alguns pesquisadores analisaram perfis de indivíduos “alfabetizados” e “analfabetos” nesse setor. Eles perceberam que as pessoas que têm baixa renda possuem os mesmos comportamentos, vieses, fraquezas e atitudes em comparação com aqueles que sofrem de situações pessoais e estressantes.
Também foi observado que ter uma boa educação financeira torna-se muito difícil para aqueles que vivem na pobreza. O pouco dinheiro não permite que haja equilíbrio no pagamento de contas, menos ainda em sobras para uma poupança.
Qualquer entendimento quanto a alfabetização financeira terá um impacto profundo nos indivíduos e na sua eficiência em cuidar do futuro. Tendências recentes estão tornando ainda mais contundente que os indivíduos compreendam ao menos o básico de finanças. Isso porque estão sendo obrigados a arcar com o ônus de más decisões em termos de investimento.
Aprender a ler financeiramente não é nada fácil. Mas, assim que se domina a questão, traz um grande alívio nos encargos que dificultam a vida.
A educação financeira reflete diretamente sobre as consequências críticas das decisões a serem tomadas com o rendimento mensal do indivíduo. A isto referimos como “dilemas financeiros”, que incluem situações estressantes, como despesas repentinas ou desemprego.
Por mais incrível que pareça, pessoas com baixa renda acabam se tornando os “melhores orquestradores”. Tal situação ocorre principalmente devido à implementação de suas habilidades de sobrevivência praticadas.
Por exemplo, se existe uma opção para pagar aluguel ou alimentar a família, a decisão financeira de um indivíduo pode ser conflitante. Não é uma “falta de conhecimento” sobre o que se deve fazer, mas sim a falta de meios para solucionar o problema.
O estresse financeiro está mais presente na sociedade atual devido a fatores como:
Várias pesquisas já apontaram a associação da falta de educação financeira com diversos problemas de saúde. Isso inclui:
Sabemos que, em se tratando de saúde física e mental, um problema leva ao outro, quando percebemos, é tarde demais.
A primeira coisa que acontece com os indivíduos que não têm uma educação financeira adequada é a instabilidade emocional. Quantos de nós não ficamos preocupados com uma questão de dinheiro e cometemos o erro de gritar com o cônjuge, com os filhos sem nenhuma razão?
Isso, por sua vez, pode afetar negativamente a família e até mesmo o trabalho, o que leva a uma bola de neve estressante.
Muitas pessoas lidam com a ansiedade de maneira prejudicial e procuram através de portas falsas. Isso pode levar a vícios como:
Isso não resolve nada, ao contrário, apenas faz cair em um círculo vicioso: mais estresse, maiores vícios.
Como já mencionado, a falta de educação financeira leva ao estresse excessivo e a ansiedade. Isso, por sua vez, pode causar ou desencadear problemas de saúde por vários motivos.
Um bom exemplo a ser dado: a falta de sono pode diminuir as defesas e causar problemas cognitivos. As pessoas passam a adoecer mais, o que aumenta os gastos com medicamentos e gera, ironicamente, maior estresse financeiro.
Muitas pessoas quando têm um excesso de despesa acabam cortando, em primeiro lugar, o pagamento dos seguros. Isso pode ser um erro, porque ficar desprotegido acaba levando a vulnerabilidade.
E quando se fala em seguros, englobamos todos os mais usados: saúde, carro, casa (incêndio, arrombamento, pequenos reparos, etc.). Se for mesmo necessário fazer cortes nesta área, é melhor trabalhar em conjunto com a companhia. Tentar manter ao menos alguma proteção conforme as necessidades do momento é a melhor opção.
A educação financeira é essencial para auxiliar consumidores a poupar o mínimo para fornecer renda apropriada, por exemplo, na aposentadoria. Isso também evita grandes níveis de endividamento que resultam em inadimplência, falência e execuções hipotecárias.
Como citamos a aposentadoria, vamos recorrer a ela para exemplificar os resultados de alguns estudos. Comprovou-se que os alfabetizados financeiramente no planejamento da aposentadoria, possuem o dobro de posses daqueles que não são.
Em contrapartida, ignorantes nesse âmbito, tomam mais dinheiro emprestado, não poupam e pagam taxas despropositadas para produtos de crédito.
Em suma, pessoas com conhecimentos financeiros limitados tendem a fazer mais compras a prestações. Acabam sendo incapazes de pagar seu saldo total a cada mês e gastam muito mais com juros.
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Esses consumidores também não investem, têm problemas com as dívidas e possuem mau entendimento dos termos de empréstimos e hipotecas. O que preocupa ainda mais, é que muitos acreditam que têm mais educação financeira do que na realidade.
Aparentemente isso dá a impressão de ser um problema individual. Entretanto, é mais amplo e influente na população como um todo do que se acredita. Tudo que se tem a fazer é observar a crise financeira que o Brasil vem enfrentando há anos.
Dessa forma, será possível perceber o impacto na ampla economia. Impacto este que surgiu da falta de entendimento de como aplicar o dinheiro ganho.
A educação financeira é uma questão com implicações amplas para uma boa saúde econômica. É também um reparo que pode levar ao caminho de uma economia globalizada que seja forte e competitiva.