Virada de ano, promessas, metas e muita expectativa para o ano 2022. Mas afinal 0 que esperar da economia de 2022 e o que prevê especialistas para o setor? A economia vai melhorar ou piorar? Leia a matéria até o final e descubra.
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Quando falamos em economia, um dos principais indicadores é o PIB – Produto Interno Bruto. Para 2022, as previsões de alta do PIB não são muito animadoras – se em janeiro de 2021 era esperado alta de 2,5% pelo relatório Focus, do Banco Central, agora a previsão caiu para 0,42%.
Ou seja, uma recuperação expressiva não deve ser o cenário de 2022, pelo menos não de acordo com os especialistas que não descartam uma estagnação pu pequena recessão. De acordo com as informações do G1.
Porque o resultado não deve ser positivo?
- Um dos motivos é inflação. Atingindo inicialmente alimentos, combustíveis e energia elétrica, a perspectiva é que fique acima de 10% e seja generalizada. Um problema para o bolso do brasileiro, principalmente se o dissídio não acompanhar a alta.
- Taxa alta de juros. Na tentativa de conter a inflação, o Banco Central aumentou a Selic – que é a taxa básica de juros – ou seja, deve haver menos dinheiro circulando e a economia deve “esfriar”.
- A taxa alta de juros é praticamente inevitável no cenário atual, na tentativa de conter os aumentos significativos que vem sendo registrados.
- Outras economias também devem apostar em juros mais altos, o que pode aumentar a desvalorização do real.
- O cenário político também deve ter um peso na economia, diante da incerteza das eleições de 2022. Um novo presidente pode significar novas políticas econômicas e de outros setores, o que deve impactar na atração e escolha de investimento no país. Um mercado incerto, como deve acontecer, não é o melhor cenário de crescimento econômico.
- Piora nas contas do governo e flexibilização do teto de gastos. Com as alterações na regra do teto de gastos, a segurança de investir no país foi reduzida, com uma consequente análise de risco dos investidores e uma desvalorização do real se comparado a outras moedas estrangeiras.
Economia e PEC dos Precatórios
Se por um lado a PEC dos Precatórios viabilizou os pagamentos do Auxílio Brasil, por outro pode ser responsável por flexibilizar o teto de gastos e alterar as políticas fiscais do país.
“O gatilho para as revisões (de crescimento em 2022) tem a ver com toda a flexibilização do arcabouço fiscal, com a PEC dos Precatórios e o drible na lei de responsabilidade fiscal”, disse ao G1, Alessandra Ribeiro, sócia e economista da consultoria Tendências. “A gente viu efeito disso na percepção de risco e no câmbio, batendo nas expectativas inflacionárias”, completou.