A solicitação de um empréstimo com garantia do FGTS pode parecer uma saída viável para muitas pessoas em momentos de necessidade financeira.
No entanto, a situação pode se complicar drasticamente se, após a solicitação do empréstimo, a pessoa se depara com o inesperado: a demissão do emprego. Contudo, este cenário pode gerar dúvidas e incertezas sobre como arcar com as parcelas do empréstimo.
Ao optar por um empréstimo com garantia do FGTS, é fundamental compreender seu funcionamento e os requisitos essenciais. Inicialmente, é necessário ser optante pela modalidade de saque-aniversário, que difere do saque-rescisão, o padrão, e pode ser alterado por meio do aplicativo do FGTS.
Em suma, essa modalidade possibilita antecipar, de uma vez só, futuras parcelas do saque-aniversário, concedidas uma vez por ano, no mês de aniversário do indivíduo. Contudo, é imperativo ter saldo suficiente nas contas do FGTS, sejam elas inativas ou ativas, para cobrir todas as despesas da operação, incluindo taxas e encargos.
Os empréstimos com garantia do FGTS oferecem juros mais baixos em comparação a outras modalidades e podem ser acessados mesmo por pessoas com restrições no nome.
No entanto, é imprescindível estar em situação regular junto à Receita Federal, sem nenhuma pendência com o Fisco, e ser maior de 18 anos ou emancipado. Além da necessidade de ter uma conta corrente ou poupança para o recebimento dos valores do empréstimo.
As parcelas do empréstimo do FGTS são quitadas anualmente a partir do saldo retido no Fundo de Garantia. Desse modo, não há a necessidade de pagar boletos mensais, pois a instituição financeira realiza o desconto diretamente do saldo no mês do aniversário do beneficiário.
Se, porventura, o beneficiário for demitido enquanto estiver com o empréstimo em andamento, é crucial continuar pagando as parcelas. O contato com a instituição financeira para renegociar a dívida é de suma importância nesse contexto.
Dessa forma, em casos de demissão sem justa causa, o indivíduo receberá uma multa de 40% do FGTS e poderá solicitar o seguro-desemprego. Estes recursos podem ser utilizados para quitar parte ou a totalidade da dívida do empréstimo.
Se não for viável quitar a dívida apenas com os recursos dos benefícios trabalhistas, é válido buscar alternativas para aumentar a renda. O beneficiário pode reservar parte dos recursos para gerar renda extra, como a produção de alimentos ou artesanato, ou oferecer serviços digitais, como aulas ou consultorias em áreas de domínio.
Ademais, é importante verificar a possibilidade de acionar o seguro de proteção do empréstimo, que pode cobrir as parcelas em caso de demissão. Visto que a comunicação transparente com a instituição financeira é crucial para encontrar soluções vantajosas para ambas as partes envolvidas.
De modo geral, lidar com um empréstimo do FGTS após uma demissão inesperada pode ser desafiador. Porém, com planejamento e comunicação eficaz, é possível encontrar alternativas para cumprir com as obrigações financeiras e enfrentar essa fase delicada da forma mais tranquila possível.
Antes de fechar qualquer negócio, pesquise sobre a instituição financeira ou a empresa. Verifique sua reputação, histórico e se ela está devidamente registrada nos órgãos reguladores.
Se a oferta parecer boa demais para ser verdade, é importante questionar. Uma vez que taxas de juros extremamente baixas ou condições demasiadamente vantajosas devem ser analisadas com cautela. Por fim, não forneça dados sensíveis ou bancários a desconhecidos. Mantenha suas informações pessoais em sigilo e compartilhe-as apenas com instituições confiáveis e reconhecidas.