Está circulando pelas redes sociais a falsa mensagem de que quem trabalhou de carteira assinada de de 1995 a 2018 tem direito ao saque de um abono salarial de R$ 1.023. A mentira ainda se aproveita da reforma da Previdência — para afirmar que quem não fizer a retirada vai perder o direito ao pagamento.
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, alertou sobre a falsa mensagem. Segundo a pasta, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da Previdência “só produzirá efeitos a partir de 2020, não tendo qualquer relação com a situação descrita”.
Hoje em dia, o valor do abono o valor do abono do PIS/Pasep é de até R$ 1.045 (dependendo do número de meses trabalhados no ano-base de referência para o pagamento) e não de R$ 1.023.
Além disso, a proposta de mudança no abono salarial do PIS/Pasep prevista na PEC da reforma da Previdência é de restringir esse pagamento a quem ganhou somente um salário mínimo no ano-base de referência. Porém, isso ainda depende de tramitação e aprovação do Congresso Nacional para entrar em vigor.
A mentira que anda circulando a internet leva o usuário a clicar num link que pode redirecioná-lo para um site fraudulento. Nesse tipo de golpe, conhecido como “phishing”, os criminosos tentam fisgar o internauta com uma oferta ou promessa atraente. Ao clicar nesse link, o consumidor pode ter seu computador ou celular infectado por um vírus ou um malware, que pode permitir o sequestro de seus dados pessoais.
O mais inteligente a se fazer é apagar imediatamente a mensagem. Por meio de nota, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho disse “que todos os serviços oferecidos pela Previdência Social e pelo Trabalho, assim como eventuais valores a receber, quando realmente existentes, são comunicados oficialmente pelos órgãos públicos e disponibilizados de forma gratuita aos segurados”.
A pasta ainda destacou que não solicita dados pessoais de seus segurados por e-mail ou telefone e também não faz qualquer tipo de cobrança para prestar atendimento.
“A recomendação é que não recorram a intermediários para entrar em contato com a Previdência e, em hipótese alguma, depositem qualquer quantia para ter direito a algum benefício”.
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