Vamos falar sobre o clima e a previsão do tempo! A saber, o super El Niño, que ganhou força ano passado e causou transtornos climáticos no mundo todo, pode ter finalmente terminado.
Ao menos, foi a informação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que sinalizou na quarta-feira (12), que o fenômeno enfraqueceu e não tem mais registro.
“O atual padrão observado das condições de temperatura da superfície do mar do oceano Pací?co equatorial indica valores próximos da média climatológica, ou seja, descaracteriza o fenômeno El Niño e sinaliza condições de neutralidade”, diz o Inmet.
O fenômeno estava sendo observado desde junho de 2023 e causou uma elevação das temperaturas do Oceano Pacífico Equatorial. Como consequências, as regiões Norte e Nordeste do Brasil registraram secas históricas, enquanto o Sul sofreu com um volume mais de chuvas.
Vale destacar que o El Niño deste período foi classificado como de intensidade moderada a forte e embora não tenha sido o mais intenso já registrado, seus impactos foram significativos e com efeitos variados nas diferentes regiões do País.
Confira a lista de impactos do El Niño divulgada pelo Inmet:
Vale mencionar que o La Niña é o oposto do El Niño e representa um resfriamento anômalo das águas superficiais do oceano Pacífico Equatorial.
Na prática, esse fenômeno também desencadeia mudanças nos padrões atmosféricos e oceânicos, afetando o clima global.
Em suma, durante um episódio de La Niña, as temperaturas atmosféricas tendem a diminuir, e as chuvas podem se tornar mais escassas em algumas regiões, enquanto outras enfrentam aumento das precipitações.
Isso pode resultar em secas prolongadas, invernos mais rigorosos, e até mesmo eventos extremos, como tempestades tropicais e furacões.
Assim, os impactos da La Niña podem afetar a agricultura, recursos hídricos, ecossistemas e economias em escala global.
Aliás, as previsões iniciais indicam que, a partir de junho, o La Niña causará chuvas acima da média em partes da região Norte, Minas Gerais e Bahia, enquanto no Sul, onde as enchentes foram recordes devido ao El Niño, as chuvas devem ficar abaixo da média.
Segundo o Inmet, a persistência e a expansão de áreas mais frias em direção a parte central do oceano, são condições favoráveis para formação do fenômeno La Niña, previsto para o segundo semestre do ano.
Fonte: Inmet