Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, defendeu no último sábado, 20 de junho, que o auxílio emergencial seja prorrogado por mais dois ou três meses. De acordo com Maia, os indicadores econômicos indicam grande queda no terceiro trimestre.
Maia alegou que o governo não pode esperar mais tempo para prorrogar o benefício. “A ajuda é urgente e é agora”, disse ele em sua conta no Twitter. “Sou a favor da prorrogação do auxílio de R$ 600 por mais 2 ou 3 meses”. Maia afirmou também que sua posição tem apoio da maioria dos deputados.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e sua equipe econômica, por sua vez, defendem que o auxílio emergencial seja prorrogado, mas com parcelas menores, possivelmente mais duas parcelas de R$ 300. Bolsonaro chegou a ameaçar vetar a prorrogação, caso a Câmara insista no valor de R$ 600.
O auxílio de R$ 600 teve proposta sancionada em abril, prevendo pagamento durante três meses, até junho. Agora, no fim de junho, ainda há centenas de milhares de cadastro em análise, além de milhares de pagamentos indevidos. Com a pandemia do novo coronavírus ainda em alta, três partidos já fizeram propostas para estender o benefício: Cidadania, PSOL e PT. Paulo Guedes, ministro da Economia do governo Bolsonaro, defende prorrogação durante dois meses, mas com corte de 50%, passando para R$ 300.
Já que o valor defendido pelo governo Bolsonaro é menor que o da lei do auxílio, que indica R$ 600, será necessário enviar uma nova proposta, provavelmente uma medida provisória, que será analisada pelo Congresso.