O desfralde do bebê, sem dúvidas, é um assunto muito polêmico, pois a idade e o jeito denominado como “certo” por muitas mamães variam muito.
É claro que garantir esta etapa de forma precoce nos cuidados com o filho é a grande expectativa dos pais, visto que além do bebê conquistar mais independência, o consumo de fraldas, que já tem um valor alto no mercado, também é reduzido, garantindo assim, vantagens para toda a família.
Apesar disto, especialistas alertam que o desfralde na idade inadequada, pode trazer riscos à saúde do bebê, como por exemplo, desenvolver problemas de micção.
Isso ocorre porque os bebês precisam experimentar a micção desinibida e o fato de ter que controlar o desejo do xixi e cocô até chegar ao local adequado ou parar determinada atividade para ir até o banheiro, acaba fazendo com que eles “segurem” cada vez mais suas necessidades fisiológicas.
Diante disto, é comum as crianças desfraldadas precocemente apresentarem algumas complicações de micção, inclusive, muitas se estendem ao longo da vida.
Entre as recorrências mais comuns de bebês que pararam de usar a fralda muito cedo, especialistas alertam para:
Além disso, também é possível que na vida adulta eles apresentem problemas sexuais e alterações comportamentais como ansiedade, baixa autoestima, fobia e até pânico.
Ainda de acordo com especialistas, ao segurar a vontade de urinar, por exemplo, a criança acaba contraindo o esfíncter, que gera uma pressão sobre a bexiga.
Como resultado, a bexiga acaba ficando mais firme e grossa, o que prejudica sua capacidade e sensibilidade. Esta alteração pode resultar no seu esvaziamento sem controle e involuntário.
Já segurar as fezes por muito tempo no reto pode provocar tantos danos, quanto da urina. Isso porque a bexiga acaba ficando espremida e seus nervos, assim como os do intestino, acabam ficando irritados devido à distensão que ocorre para “armazenar” a matéria fecal.
O resultado disso abrange desde infecções urinárias causadas por bactérias que sobem pela bexiga, como também, quadros de constipação intestinal crônica.
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Diante desta realidade, fica evidente que esperar a maturação neurológica do bebê é a melhor estratégia para garantir um desfralde com segurança. Esta maturação não ocorre antes dos dois anos de idade.
Também é importante que durante o processo, o bebê tenha um acompanhamento mais presencial dos pais, que lembrarão a hora de fazer a necessidade a cada duas horas em média, caso ele não indique o desejo.
Agora se o processo de desfralde já foi iniciado, alguns sinais podem indicar, se ele foi realizado em momento inadequado, entre eles:
Ademais, buscar sempre a orientação pediátrica pode ajudar nesta fase, que pode ocorrer de forma naturalmente, assim que a criança estiver preparada.
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