De acordo com estudo feito pela Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo (FEA-USP), a proposta da equipe econômica do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para criar um novo programa social quase não ajudarão na redução da desigualdade de renda dos brasileiros.
A pesquisa aponta que para diminuir a desigualdade, o governo deveria aumentar a carga de impostos dos mais ricos e acabar com a regra do teto de gastos, responsável por congelar os gastos públicos por 20 anos, com permissão apenas de ser corrigido pela inflação.
O estudo foi conduzido pelo Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made) e teve como base três propostas que o governo de Bolsonaro cogita para bancar o Renda Brasil, que pode substituir e ampliar o Bolsa Família.
Os pesquisadores desse estudo também criaram quatro alternativas de financiamento que acreditam ser mais eficiente para diminuir a desigualdade do país. Em todas as alternativas há o aumento do Imposto de Renda que os 20% mais ricos pagam. Entretanto, essas alternativas só seriam viáveis sem o teto de gastos.
Atualmente, não há Orçamento do governo para estender o auxílio emergencial durante o ano que vem. Por isso, o Bolsa Família será a principal fonte de distribuição do governo no país em 2021. O governo busca forma de ampliar o benefício sem ultrapassar o teto de gastos, mas ainda não encontrou solução.