O termo “Revoluções Inglesas” é usado para definir dois movimentos que marcaram o século XVII na Inglaterra.
O assunto pode ser cobrado por questões de história geral em diversos provas, com um destaque para os vestibulares e para a prova do ENEM.
Dessa forma, para que você possa se preparar, o artigo de hoje separou um resumo com tudo aquilo que você precisa saber sobre as Revoluções Inglesas. Confira!
As Revoluções Inglesas aconteceram no século XVII, em um contexto de fortes perturbações. Na Inglaterra, a burguesia, classe social recém-criada, havia passado a exigir maior participação política no governo. Isso porque, os burgueses possuíam uma grande importância econômica na época, mas ficavam de fora do governo inglês, que era uma monarquia.
Dessa maneira, podemos enxergar as Revoluções Inglesas dentro de um contexto histórico de movimentações da burguesia para promover o próprio fortalecimento dentro da política europeia.
A primeira das Revoluções Inglesas foi a Revolução Puritana. O movimento, também conhecido como Guerra Civil Inglesa, foi um conflito que começou na primeira metade do século XVII, em 1642, envolvendo a monarquia e o parlamento.
Na época, Carlos I era o rei inglês. Ele governava de forma totalitária e em conflito com a burguesia. Uma das medidas de Carlos I foi tentar aumentar os impostos sobre as atividades dos burgueses. Porém, para aprovar a lei, o rei necessitava da aprovação do parlamento, que foi negada pelos parlamentares.
Diante disso, o rei ordenou o fechamento do parlamento e aumentou os impostos. A atitude do rei provocou a eclosão de uma crise econômica no país, gerando uma revolta: o povo, liderado por Oliver Cromwell, organizou um movimento para combater Carlos I. Em 1642, teria início a Revolução Puritana na forma de uma guerra civil envolvendo dois grupos: os revoltosos de Cromwell e as tropas do rei.
Em 1649, os revoltosos capturaram o rei. Ele seria decapitado no mesmo ano e, com a sua morte, um sistema republicano de governo foi instaurado no país .
A Revolução Gloriosa teve início no ano de 1688 e foi a segunda das Revoluções Inglesas. O movimento foi o responsável pela criação da monarquia constitucional inglesa.
Na época, o início do governo do rei Jaime II caracterizou o retorno do autoritarismo no país. Além disso, Jaime era católico e defendia os interessantes católicos, o que incomodava o parlamento, que era protestante. O estopim da Revolução foi o nascimento do filho do rei, uma vez que com um candidato para a sucessão, a ameaça da dinastia católica se perpetuar no poder se tornava uma ameaça. Dessa maneira, os partidos ingleses se uniram em uma conspiração contra Jaime II.
Ele seria deposto em 1689 e o início do governo de Maria Stuart e Guilherme de Orange como novos reis marcaria uma nova fase da monarquia inglesa. A partir daquele momento, entraria em vigor o sistema de monarquia constitucional, em que o rei possuía poderes limitados.