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Revolução Iraniana: a criação de uma teocracia

Revolução Iraniana: tudo aquilo que você precisa saber

A Revolução Iraniana foi um movimento que ocorreu entre os anos de 1978 e 1979, no Irã.

O evento foi extremamente importante para o século XX e influencia as relações entre Ocidente e Oriente até os dias de hoje.

Dessa maneira, não é de se surpreender que o assunto seja cobrado por diversas questões de história, principalmente nos vestibulares e no ENEM.

Revolução Iraniana: Introdução

A Revolução Iraniana, também chamada de Revolução Islâmica, foi um movimento que ocorreu entre 1978 e 1979, durante a Guerra Fria, e mudou profundamente o cenário político do Irã.

Antes da Revolução, o país era governado por uma monarquia que mantinha boas relações com o Ocidente, especialmente os Estados Unidos. Esse governo era comandado pelo autoritário Xá Mohammad Reza Pahlevi. A Revolução Iraniana depôs a monarquia e colocou em seu lugar uma república islâmica teocrática, comandada pelo Aiatolá Ruhollah Khomeini.

No início, a Revolução Iraniana era liderada por uma ampla aliança entre os liberais, os socialistas e os religiosas, que tinha como objetivo depor o autoritário Xá. Porém, na segunda fase do movimento, os religiosos se sobressaíram, o que permitiu que os aiatolás chegassem ao poder.

Revolução Iraniana: Contexto Histórico

O Xá Reza Pahlevi estabeleceu a dinastia Pahlevi no poder do Irã no ano de 1925. Porém, os anos 60 foram marcados pela centralização do poder do Xá, que decretou a dissolução do Parlamento e criou uma política de desenvolvimento que era prejudicial para os trabalhadores e classes mais baixas. Assim, a oposição ao seu governo apenas crescia a cada dia entre diversos grupos da sociedade iraniana.

A monarquia autoritária do Irã possuía grande afinidade com o Ocidente, o que somente aumentava as críticas contra o governo, em especial aquelas vindas de religiosos. O protagonista da oposição ao Xá era o aiatolá Ruhollah Khomeini, líder religioso que estava exilado na França. O aiatolá defendia a realização de reformas reformas sociais e econômicas no Irã e a recuperar das tradições do Islamismo.

As manifestações se iniciaram com grande força por todo o país no ano de 1978. Quando, no ano de 1979, Khomeini consegue voltar ao Irã, os protestos e os confrontos aumentaram exponencialmente em todo o país. Greves também se iniciaram e prejudicaram fortemente a economia do país na época. Diversos grupos da sociedade iraniana se uniram com o objetivo de depor o governo vigente.

Por fim, no mesmo ano, o Xá seria deposto e, no dia 1 de Abril, declararia-se uma República Islâmica no Islã, comandada pelo aiatolá Khomeini.

Revolução Iraniana: Consequências

A Revolução Iraniana alterou fortemente a estrutura do país. Essa que, por sua vez, passaria a ser baseada em preceitos religiosos do islamismo. Dessa forma, podemos afirmar que, em sua segunda fase, o movimento que tinha como objetivo pedir melhores condições de vida para a população e uma maior democracia acabou se tornando a via de acesso para que um chefe religioso se estabelecesse no poder e consolidasse uma teocracia.

Ao contrário do que se pensava, quando o aiatolá assumiu o poder, ele não favoreceu os trabalhadores com nenhum de seus atos. Pelo contrário: todas as leis vigentes foram extintas, quase 80 mil trabalhadores perderam seus empregos e seguir as leis do islamismo passou a ser obrigatório. Ainda, membros da oposição foram mortos em massa e, no ano de 1983, o Partido Comunista Iraniano, que havia apoiado Khomeini, foi extinto.

Khomeini seria responsável, ainda, pela eclosão a Segunda Crise do Petróleo, no ano de 1979.