O Pix foi criado em 2020 pelo Banco Central, revolucionando as transações bancárias no Brasil. O sistema se tornou muito popular ao longo dos anos, principalmente pelo fato de ser isento de taxas e também por ser instantâneo, facilitando a vida dos usuários. No entanto, os criminosos cada vez mais utilizam desta ferramenta para aplicar golpes à população.
Nesse sentido, recentemente uma vítima de um golpe do Pix conseguiu reaver R$ 30 mil que lhe haviam sido roubados. O caso aconteceu em Vila Velha, município no estado do Espírito Santo, sendo que o dinheiro foi recuperado após dois anos de tramitação de um processo na Justiça.
Tudo começou quando uma professora do Espírito Santo relatou ao seu banco que havia recebido uma ligação muito estranha. Ela havia sido informada que uma compra tinha sido feita em seu nome, supostamente na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. No entanto, esta ligação se tratava de um golpe do Pix, e a cliente negou a operação, tentando contatar o gerente do banco.
Todas as tentativas da vítima não tiveram sucesso. Em seguida, no mesmo dia, a mulher notou que uma transação Pix de R$ 15 mil tinha sido feita, retirando este valor da sua conta. Desconfiada da situação, a vítima tentou novamente contatar o gerente do banco, mas sem sucesso. Logo após a primeira transação, outro Pix de R$ 15 mil foi feito.
Com isso, os advogados da professora analisaram o ocorrido, constatando que, na verdade, o responsável pelo caso foi o banco. Isso porque as chaves Pix cadastradas tinham total responsabilidade da instituição financeira. Segundo a Justiça, houve falta de cuidado por parte do banco, o que fez com que a instituição fosse obrigada a devolver o dinheiro perdido pela vítima.
Os golpes envolvendo o Pix são cada vez mais comuns, sendo assim, é muito importante conhecê-los para se proteger. Desta maneira, um golpe muito comum envolvendo a ferramenta é chamado de golpe do funcionário do banco, no qual os criminosos fazem contato com a vítima se passando por um funcionário de alguma instituição financeira. Desta maneira, o golpista oferece “ajuda” à vítima, para realizar o cadastro de uma chave Pix. Além disso, eles também podem dizer que um teste é necessário para realizar o cadastro.
Outro golpe financeiro comum se dá por um SMS falso. Através da mensagem, o fraudador solicita que o “cliente” entre em contato com a central, que é um falso 0800. Nessa falsa central, a vítima é induzida a informar seus dados bancários e senha, o que permite acesso às informações do extrato bancário.
Com essas informações, o criminoso sabe quais foram as últimas operações realizadas pela conta, e utiliza delas para ganhar a confiança da vítima. Em seguida, ele menciona supostos débitos e transações Pix de alto valor que a conta da vítima teria feito.
Com isso, o criminoso finaliza o golpe pedindo que essas mesmas operações Pix sejam feitas para os mesmos destinatários, para que cancelem ou estornem o dinheiro. Essa é uma indução para que a vítima realize transferências para contas vinculadas ao golpista.