Os conceitos de “cultura” e “sociedade” estão relacionados aos mais importantes temas da disciplina de sociologia.
Dessa maneira, não é de se surpreender que eles sejam abordados com tanta frequência por questões dessa matéria, principalmente dentro dos vestibulares e da prova do ENEM.
Vamos conferir, a seguir, um resumo sobre cultura e sociedade.
Para a Sociologia, o termo “cultura” diz respeito a toda manifestação material e não material de um povo ou de um grupo social. Logo, cultura pode ser definida como tudo aquilo que passa pela acho do trabalho humano, através do qual somos capazes de transformar a natureza. Sendo assim, toda produção, seja ela material ou não material, é não cultural ou cultural.
A diversidade cultural é um fato relativo à própria espécie humana que, através do surgimento e formação de sociedades variadas, tem produzido uma série de culturas diferentes.
A ciência social encarregada de estudar a cultura é a Antropologia, que nasceu na Europa na segunda metade do século XIX, ainda sob o peso do etnocentrismo, ou seja, o princípio e que a cultura europeia era colocada no centro como a única correta, sendo imposta para os povos de cultura não europeia.
Os pioneiros da Antropologia se embasaram no evolucionismo. Dentre os principais nomes, podemos citar: Edward Tylor, James Frazer e Lewis Morgan.
Nas discussões presentes nos textos desses autores existe uma base em comum: o rebaixamento cultural das culturas “exóticas” e o destaque evolutivo das sociedades modernas, em uma visão etnocêntrica em relação à observação das outras culturas.
Os autores, denominados de “antropólogos”, utilizaram o método de comparar as sociedades de cultura não europeias com as sociedades ditas modernas, ou seja, aquelas de cultura europeia. Com base no método comparativo, classificavam as sociedades não adeptas da cultura europeia, como formações sociais primitivas ou formas diversas de religiosidade.
Podemos citar como as principais características do método comparativo: progressivismo evolucionista, etnocentrismo metodológico, preferência pelo estudo das estruturas de parentesco e dos mitos e rituais religiosos mágicos.
No início do século XX, o pensador Franz Boas revolucionou a antropologia, criticando o método comparativo e afirmando a necessidade da compreensão de todas as culturas.