O objeto direto é um complemento verbal e na maioria das vezes ele não está acompanhado por preposição. Assim como o objeto indireto, o objeto direto é um termo integrante da oração que completa o sentido dos verbos transitivos, o qual sozinho não consegue transmitir uma mensagem com sentido completo.
Quando o complemento – preposição – é exigido classificamos como objeto indireto, quando o complemento não é obrigatório chamamos de objeto direto.
Dessa forma, os verbos transitivos diretos não necessitam ser complementados com preposição.
Exemplos:
Quando o objeto direto é apresentado por mais de uma palavra, a que terá mais importância é o seu núcleo. Nos exemplos acima, os núcleos dos objetos direto são: carros, esposa, André e colegas.
Os objetos diretos podem ser representados por: substantivos, pronomes substantivos, pronomes oblíquos átonos e orações subordinadas substantivas objetivas diretas.
Objeto direto representado por um substantivo:
Objeto direto representado por um pronome substantivo:
Objeto direto representado por um pronome oblíquo átono (o, a, os, as, me, te, se, nos, vos):
Objeto direto representado por uma oração subordinada substantiva objetiva direta:
No objeto direto não é obrigatório o uso da preposição. Mesmo não sendo exigido o uso da preposição, existem casos onde o objeto direto pode ser completado por uma preposição, com o objetivo de evitar ambiguidades e variação de linguística.
Exemplos:
O pleonasmo é uma das figuras de linguagem e está relacionado à repetição com o objetivo de destacar o discurso. Sendo assim, quando repetimos o objeto direto à intenção é reforçar a ideia, isso é classificado como objeto direto pleonástico.
Exemplos:
O pleonasmo é muito usado no cotidiano. Como foi visto, ele está relacionado à repetição de palavras que tem o mesmo significado, na mesma oração.
Exemplos: “Sair para fora”, “subir para cima”, “dupla de dois”…
Outras figuras de linguagem: metáfora, hipérbole, eufemismo, ironia, elipse, zeugma, comparação, metonímia, antítese, paradoxo, prosopopeia, anáfora, sinestesia, gradação, aliteração, polissíndeto, assíndeto e onomatopeia.
O objeto indireto é um complemento verbal que necessariamente terá a companhia de uma preposição. A principal finalidade dele é completar o sentido dos verbos transitivos, que sozinhos não passam a mensagem de forma completa.
O objeto indireto é representado por substantivos, pelos pronomes oblíquos lhe e lhes e por orações subordinadas substantivas objetivas indiretas.
Objeto indireto representado por um substantivo:
Objeto indireto representado por um pronome oblíquo:
Objeto indireto representado por uma oração subordinada substantiva objetiva indireta:
O objeto indireto é pleonástico é quando ocorre a repetição do objeto indireto. Essa repetição é realizada para que o termo mais expressivo, ou seja, quando o objeto indireto é reproduzido várias vezes ao longo da oração. Ele é repetido depois do verbo por um pronome oblíquo.
É necessário prestar atenção para não trocar o objeto indireto pelo objeto direto preposicionado. O objeto indireto necessita de uma preposição para concluir o sentido de um verbo transitivo.
O objeto direto pode usar preposição para completar o sentido de um verbo transitivo de forma facultativa. Isso acontece para que não tenha ambiguidades ou por questões linguísticas.
Ao filho a mãe apanhou.
Ao filho é o objeto direto preposicionado da frase. Confirmamos que o uso da preposição é facultativo se o invertermos: “A mãe apanhou o filho.” A mensagem faz sentido, sem a necessidade da preposição.
Agora, observe:
À Copacabana eu vou.
Ao invertemos: “Eu vou Copacabana”, a mensagem deixa de fazer sentido, porque o uso da preposição é obrigatório. Nesse caso, estamos diante de um objeto indireto.
Também precisamos ter atenção para não confundir o objeto indireto com o complemento nominal. O objeto indireto é usado para completar o sentido de um verbo.
Já o complemento nominal é usado para completar o sentido de substantivos, adjetivos ou advérbio.
Exemplos:
Os verbos transitivos diretos e indiretos precisam de dois complementos: um sem preposição – objeto direto – e um com preposição – objeto indireto.
Em um verbo transitivo direto, o objeto direto tem a capacidade de completar o significado do verbo respondendo aos questionamentos o quê? e quem?.
Em um verbo transitivo indireto, o objeto indireto conclui o significado do verbo respondendo às perguntas de quê? para quê? de quem? para quem? em quem?.