Os trabalhadores brasileiros receberam uma notícia positiva nesta sexta-feira (17). O rendimento médio real de todos os trabalhos totalizou R$ 3.032 no quarto trimestre de 2023. Isso quer dizer que, em média, os trabalhadores receberam 2,3 vezes mais que o salário mínimo vigente no país, de R$ 1.320.
Em resumo, o valor do rendimento se manteve estável na comparação com os três meses anteriores. Já em relação ao quarto trimestre de 2022, o valor teve um aumento de R$ 92, visto que os trabalhadores do país receberam, em média, R$ 2.940 entre outubro e dezembro de 2022.
Esse dado mostra que os trabalhadores do país receberam mais no quarto trimestre do ano passado, pelo menos em relação ao ano anterior. Esse resultado reflete a melhora do rendimento, para alegria dos trabalhadores do país.
A saber, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta semana.
A PNAD Contínua mostrou que, entre as posições na ocupação, o rendimento se mante estável em todas as categorias. Esse resultado foi alcançado em relação à comparação com o trimestre anterior.
Já em relação ao trimestre encerrado em dezembro de 2022, a renda cresceu na maioria das posições, elevando o poder de compra dos trabalhadores. Confira abaixo as posições cujo rendimento cresceu em relação ao final de 2022:
As únicas exceções foram as categorias de trabalhador doméstico e de trabalhador por conta própria, cujos rendimentos não apresentaram variação significativa em relação ao ano passado.
De acordo com o IBGE, a renda habitual real dos trabalhadores no quarto trimestre cresceu apenas no Norte (de R$ 2.362 para R$ 2.419), em relação ao trimestre anterior.
Por sua vez, as demais regiões não apresentaram alta estatisticamente significativa do rendimento, segundo o IBGE. Contudo, vale destacar que a renda dos trabalhadores também não caiu no período.
Já na comparação com o quarto trimestre de 2022, o valor médio cresceu no Norte, no Nordeste e no Sudeste, enquanto o Sul e o Centro-Oeste ficaram estáveis. Assim, ajudaram a impulsionar a média nacional.
Em síntese, o IBGE também revelou que a massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, ficou estimada em R$ 301,6 bilhões.
Na comparação com o trimestre anterior, a massa de rendimento cresceu 2,1% (R$ 295,5 milhões), acréscimo de R$ 6,1 milhões. Já em relação ao quarto trimestre de 2022 (R$ 287,2 milhões), houve um aumento de 5,0% (ou R$ 14,4 bilhões).
A PNAD Contínua também revelou que o número médio anual de trabalhadores por conta própria totalizou 25,6 milhões no quarto trimestre de 2023. Isso representou 25,4% da população ocupada do país, que totalizou 101 milhões no período.
Na prática, o número de trabalhadores por conta própria ficou estatisticamente estável tanto na comparação trimestral quanto na anual, refletindo o crescimento de pessoas nessa modalidade de trabalho, já que também houve crescimento da população ocupada no período.
Ao considerar as unidades federativas (UFs), o percentual de trabalhadores por conta própria superou a média nacional no terceiro trimestre em 14 das 27 UFs. Aliás, veja os estados com os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria do país entre julho e setembro deste ano:
Rondônia continuou na primeira posição do ranking nacional, completando o sexto trimestre consecutivo na liderança. No entanto, vale destacar que a taxa de trabalhadores por conta própria caiu pelo segundo trimestre em Rondônia no trimestre (-1,1 ponto percentual), após muitos avanços expressivos.
A saber, no primeiro trimestre de 2022, o estado nortista tinha a quarta maior taxa do país. Contudo, ultrapassou todos os estados do top três e assumiu a liderança no terceiro trimestre daquele ano, permanecendo na mesma posição até o final de 2023, mas reduzindo a diferença em relação ao segundo lugar.
Em suma, os dados também mostram que os estados do Norte e do Nordeste tiveram os maiores percentuais do Brasil, e ambas as regiões também concentraram as maiores proporções de trabalhadores informais do país.
Por outro lado, o IBGE revelou que o Mato Grosso do Sul teve a menor taxa de trabalhadores por conta própria do país, assumindo a posição ocupada pelo Distrito Federal em todos os outros trimestres de 2024.
Em resumo, o percentual de trabalhadores por conta própria foi de 20,5% no estado nortista, ou seja, 4,9 pontos percentuais inferior à média nacional.
Veja as UFs que tiveram as menores proporções de trabalhadores por conta própria do país no primeiro trimestre.