Economia

Rendimento médio dos trabalhadores CRESCE no 3º trimestre; Veja os valores

Os trabalhadores brasileiros receberam uma notícia positiva nesta quarta-feira (22). O rendimento médio real de todos os trabalhos totalizou R$ 2.982 no terceiro trimestre de 2023. Isso quer dizer que, em média, os trabalhadores receberam 2,26 vezes mais que o salário mínimo vigente no país, de R$ 1.320.

Em resumo, o valor do rendimento teve um incremento de R$ 49 na comparação com os três meses anteriores (R$ 2.933). Já em relação ao terceiro trimestre de 2022, o valor teve um aumento de R$ 120, visto que os trabalhadores do país receberem, em média, R$ 2.862 entre julho e setembro do ano passado.

Esse dado mostra que os trabalhadores do país receberam mais no terceiro trimestre deste ano, tanto em relação ao trimestre anterior quanto na base anual. Esse resultado reflete a melhora do rendimento, para alegria dos trabalhadores do país.

A saber, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada na semana.

Rendimento cresce em sete segmentos

Em suma, o IBGE revelou que, na comparação trimestral, o rendimento se manteve estável em quase todos os dez grupamentos pesquisados. Houve duas exceções, que registraram crescimento da renda no trimestre: indústria (5,3%, ou mais R$ 149) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,7%, ou mais R$ 71).

Já em relação ao terceiro trimestre de 2022, quatro grupamentos registraram crescimento da renda dos trabalhadores. Confira quais foram:

  • Alojamento e alimentação (12,3%, ou mais R$ 219);
  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,2%, ou mais R$ 169);
  • Indústria (6,3%, ou mais R$ 174);
  • Serviços domésticos (3,9%, ou mais R$ 43).

Os outros seis grupamentos pesquisados não tiveram variações significativas em relação ao terceiro trimestre de 2022. A propósito, os grupamentos são:

  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura;
  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas;
  • Construção;
  • Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas;
  • Outros serviços;
  • Transporte, armazenagem e correio.

Rendimento cresce em algumas regiões brasileiras

De acordo com o IBGE, a renda habitual real dos trabalhadores no terceiro trimestre cresceu apenas no Sudeste (R$ 3.381) e no Sul (R$ 3.276), em relação ao trimestre anterior. Aliás, ambas tiveram valores mais expressivos que a média nacional. Já as demais regiões registraram estabilidade em seus valores.

Na base trimestral, as regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram aumento do rendimento. Por sua vez, as demais regiões não apresentaram alta estatisticamente significativa do rendimento, segundo o IBGE. Contudo, vale destacar que a renda dos trabalhadores também não caiu no período.

Em síntese, o IBGE também revelou que a massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, ficou estimada em R$ 292,9 milhões.

Na comparação com o trimestre anterior, a massa de rendimento cresceu 2,7% (R$ 285,2 milhões), acréscimo de R$ 7,71 milhões. Já em relação ao terceiro trimestre de 2022 (R$ 278,9 milhões), houve um aumento de 5,0% (ou R$ 14 milhões).

Rendimento dos trabalhadores cresce no Sudeste e no Sul em relação ao 2º trimestre. Imagem: Bloomberg News.

Trabalhadores por conta própria

A PNAD Contínua também revelou que o número médio anual de trabalhadores por conta própria totalizou 25,5 milhões no terceiro trimestre deste ano. Isso representou 25,5% da população ocupada do país, que totalizou 99,8 milhões no período.

Na prática, o número de trabalhadores por conta própria ficou estatisticamente estável tanto na comparação trimestral quanto na anual, refletindo o crescimento de pessoas nessa modalidade de trabalho, já que também houve crescimento da população ocupada no período.

Ao considerar as unidades federativas (UFs), o percentual de trabalhadores por conta própria superou a média nacional no terceiro trimestre em 17 das 27 UFs. Aliás, veja os estados com os maiores percentuais de trabalhadores por conta própria do país entre julho e setembro deste ano:

  1. Rondônia: 34,0%;
  2. Maranhão: 31,8%;
  3. Pernambuco: 31,0%;
  4. Amazonas: 29,9%;
  5. Acre: 29,7%;
  6. Amapá: 29,6%;
  7. Pará: 29,4%
  8. Ceará: 28,1%;
  9. Bahia: 27,9%;
  10. Piauí: 27,7%;
  11. Paraíba: 27,0%;
  12. Rio de Janeiro: 26,9%;
  13. Roraima: 26,6%;
  14. Mato Grosso: 26,2%;
  15. Sergipe: 25,5%;
  16. Alagoas: 25,5%;
  17. Rio Grande do Norte: 25,5%.

Rondônia continuou na primeira posição do ranking nacional, completando o quinto trimestre consecutivo na liderança. No entanto, vale destacar que a taxa de trabalhadores por conta própria caiu de maneira significativa em Rondônia no trimestre (-3,8 ponto percentual), após muitos avanços expressivos.

A saber, no primeiro trimestre de 2022, o estado nortista tinha a quarta maior taxa do país. Contudo, ultrapassou todos os estados do top três e assumiu a liderança no terceiro trimestre do ano passado, permanecendo na mesma posição e com uma grande diferença para o segundo lugar.

Em suma, os dados também mostram que os estados do Norte e do Nordeste tiveram os maiores percentuais do Brasil, e ambas as regiões também concentraram as maiores proporções de trabalhadores informais do país.

Distrito Federal tem menor taxa do país

Por outro lado, o IBGE revelou que o Distrito Federal continuou com a menor taxa de trabalhadores por conta própria do país, assim como ocorreu em todo o ano passado. Em resumo, o percentual de trabalhadores por conta própria foi de 19,0% no DF, ou seja, 6,5 pontos percentuais inferior à média nacional. No trimestre anterior, a diferença havia sido de 5,6 p.p.

Veja as UFs que tiveram as menores proporções de trabalhadores por conta própria do país no primeiro trimestre.

  1. Distrito Federal: 19,0%;
  2. Mato Grosso do Sul: 20,5%;
  3. Tocantins: 22,3%;
  4. Goiás: 22,4%;
  5. Paraná: 23,6%;
  6. São Paulo: 23,8%;
  7. Minas Gerais: 23,9%;
  8. Espírito Santo: 24,5%;
  9. Santa Catarina: 24,6%;
  10. Rio Grande do Sul: 25,1%.