Os trabalhadores brasileiros receberam uma grande notícia nesta terça-feira (31). O rendimento médio real de todos os trabalhos totalizou R$ 2.982 no terceiro trimestre deste ano. Isso quer dizer que, em média, os trabalhadores receberam 2,26 vezes mais que o salário mínimo vigente no país, de R$ 1.320.
Em suma, o valor do rendimento cresceu 1,7% na comparação com os três meses anteriores, o que corresponde a R$ 50. Já em relação ao terceiro trimestre de 2022, o valor cresceu ainda mais (4,2%), visto que os trabalhadores do país receberem, em média, R$ 2.862 no período.
Em outras palavras, os trabalhadores passaram a ganhar R$ 120 a mais em 12 meses, resultado que reflete a melhora do rendimento no país, para alegria dos trabalhadores.
A saber, os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada na semana.
Em resumo, o IBGE revelou que, na comparação trimestral, o rendimento se manteve estável em quase todos os dez grupamentos pesquisados. Houve duas exceções, que registraram crescimento da renda no trimestre: indústria (5,3%, ou mais R$ 149) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,7%, ou mais R$ 71).
Já em relação ao terceiro trimestre de 2022, quatro grupamentos registraram crescimento da renda dos trabalhadores. Confira quais foram:
Os outros seis grupamentos pesquisados não tiveram variações significativas em relação ao terceiro trimestre de 2022. A propósito, os grupamentos são:
A PNAD Contínua também mostrou que, entre as posições na ocupação, o rendimento cresceu em três delas:
Já em relação ao mesmo período de 2022, a renda cresceu em todas as posições, elevando o poder de compra dos trabalhadores. Confira abaixo os dados apresentados pela pesquisa:
Além do crescimento observado no rendimento dos trabalhadores, a massa de rendimento também conseguiu avançar no trimestre. Em suma, esse resultado é bastante positivo para os trabalhadores do país, e isso aconteceu graças à melhora do mercado de trabalho brasileiro.
De acordo com o IBGE, a massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês, ficou estimada em R$ 293 bilhões. Em resumo, esse valor foi o recorde da série histórica, visto que o IBGE nunca havia registrado um montante tão elevado assim quanto o do terceiro trimestre deste ano.
Na comparação com o trimestre anterior, a massa de rendimento cresceu 2,7% (R$ 285,3 bilhões), acréscimo de R$ 6,8 bilhões. Da mesma forma, a massa cresceu em relação ao terceiro trimestre de 2022 (R$ 279 bilhões), mas o aumento foi ainda maior, de 5,0% (ou R$ 14 bilhões).
Segundo o IBGE, “a PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país“. A saber, a pesquisa divulga dados trimestrais referentes a amostras que correspondem a 211 mil domicílios do país, ou seja, a pesquisa é feita por amostragem, pois divulga resultados de parcelas da população, que podem ser extrapolados para o cenário geral do país.
No terceiro trimestre, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,7%, menor patamar desde o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2015 (7,5%), ou seja, em oito anos e meio.
Por fim, o IBGE também revelou que existem cerca de dois mil entrevistadores em todo o Brasil coletando os dados do mercado de trabalho. Aliás, os 26 estados e o Distrito Federal se mantêm integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE, distribuídas em diversos municípios brasileiros.