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Relatório Focus: Mercado financeiro reduz expectativa para a inflação de 2023 (Confira!)

O Relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (30/10), com as estimativas do mercado financeiro para a economia brasileira, apontou uma inflação menor para 2023. A princípio, houve uma queda no índice de preços, que passou de 4,65% este ano, para 4,63%. Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas.

Todavia, segundo o Relatório Focus desta semana e as projeções do mercado financeiro, relacionadas à inflação de 2023, o índice ficou abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Vale ressaltar que a meta do Governo Federal para a inflação deste ano está na casa dos 3,25% no total.

Analogamente, a meta estabelecida pelo CMN estará cumprida no caso de o índice apresentar uma oscilação entre 1,75% e 4,75% em 2023. A última vez que o mercado financeiro apresentou projeções sobre a inflação anual do país de acordo com a meta, foi no dia 15 de junho de 2022, quando o índice ficou em 4,73%.

Ademais, essa queda na estimativa relacionada ao índice de preços para este ano de 2023, do mercado financeiro, entrevistado no Relatório Focus, se deve a um recuo da inflação oficial em setembro. Neste período houve uma variação positiva de 0,26%, e ficou bem abaixo do que os analistas econômicos previam.

Relatório Focus e a inflação de 2023

Desse modo, se as projeções do mercado financeiro presentes no Relatório Focus desta semana se confirmarem, essa será a primeira vez que o Governo Federal conseguirá cumprir a meta sobre o índice de preços depois de dois anos. Ou seja, haverá uma interrupção da sequência de dois anos de descumprimento da meta.

Em síntese, é importante observar que no ano de 2021, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, bateu a casa dos 10,06%. Já no ano de 2022 a inflação em todo oterritório nacional apresentou uma variação positiva de 5,79%. Nestes dois anos ela ficou acima da meta do CMN.

Curiosamente, as estimativas do mercado financeiro para a inflação de 2024 apresentaram um crescimento, passando de 3,87% para 3,90%, nesta semana. É importante mencionar que a meta de inflação para o ano que vem do Governo Federal é de 3% e será cumprida se o índice de preços oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Relatório Focus – Inflação/Fonte: pixabay

Taxa de juros

O Banco Central e seu Comitê de Política Monetária (Copom), utilizam a taxa de juros da economia nacional, Selic, para combater a pressão inflacionária do país. Neste sentido, ele já está atento para as variações e estimativas da inflação para o ano que vem. Com uma inflação maior há uma redução no poder de compra da população.

As pessoas que possuem uma renda menor acabam sendo as mais prejudicadas com o aumento da inflação. Isso se deve ao fato de que enquanto os preços negociados para os alimentos e serviços sobem, seu salário continua o mesmo. Portanto, o Governo Federal procura por instrumentos para reduzir o IPCA no país.

Produto Interno Bruto

No Relatório Focus desta semana, o mercado financeiro apresentou suas expectativas relacionadas ao Produto Interno Bruto nacional neste ano de 2023. A projeção é de uma variação positiva, que passou de 2,90% para 2,89%. O PIB é a soma de todos os produtos e serviços produzidos no país em um determinado período.

Para o ano que vem, 2024, o mercado financeiro estima que o PIB nacional fique na casa dos 1,50%, a mesma projeção da semana anterior. Essa alta se deve ao fato de que o Produto Interno Bruto do segundo trimestre de 2023 teve uma alta expressiva, de 0,9% no total, o que não era esperado pelos analistas econômicos.

Aliás, em relação à taxa de juros, o mercado financeiro manteve as suas projeções para a Selic, em 2023 e em 2024. Neste momento ela está em 12,75% ao ano, após duas reduções seguidas pelo Copom, do Banco Central. Para o fim do ano, a estimativa dos analistas é a de que ela fique em torno dos 11,75% em 2023.

Em conclusão, o Relatório Focus aponta que até o fim de 2024, a taxa Selic passe de 9% para 9,25% ao ano. Isso quer dizer que o mercado financeiro, estima um corte da taxa de juros básica da economia um pouco menor no ano que vem. Ao que parece, a inflação pode ter uma grande parcela de culpa na decisão do Banco Central.