A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Administrativa, que faz modificações nas regras de novos servidores públicos no âmbito municipal, estadual e federal, foi remetida nesta terça-feira, 09 de fevereiro, à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.
A PEC da Reforma Administrativa é vista como prioridade pelo presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL). Agora, a CCJ da Câmara terá a responsabilidade de analisar se a proposta é constitucional, ou seja, se fere alguma cláusula pétrea da Constituição.
Até o momento, ainda não se sabe uma data concreta para instalação da CCJ na Câmara dos Deputados. Além disso, o que pode atrasar é a indicação para a presidência do colegiado, uma vez que o processo está cercado de polêmica. O PSL, partido que teria, pelo critério da proporcionalidade, o direito de indicar um nome, ofereceu o da deputada Bia Kicis (DF), atual vice-presidente da comissão. No entanto, o nome da parlamentar sofre resistência.
O líder do PSL na Câmara, deputado Vitor Hugo (GO), mantém a indicação de Kicis para o posto da presidência da CCJ.
Veja, abaixo, as mudanças que já foram confirmadas na proposta e que vão ao Congresso:
O Governo deseja, com a Reforma Administrativa, cortar o número de carreiras e diminuir o salário inicial de quem entra no serviço público, ou seja, os recém-aprovados em concursos. Além disso, a reforma prevê mudanças nos requisitos para conquistar a estabilidade no cargo público.
No entanto, vale ressaltar que a reforma administrativa não vai afetar os atuais servidores públicos. De acordo com Bolsonaro, as alterações estão previstas apenas para quem for aprovado nos concursos públicos após a aprovação da reforma.