Esther Dweck, destacou sobre a reforma administrativa e quais serão as mudanças propostas para os concursos públicos.
A explicação dada por Esther Dweck, ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), sugere que o Governo está adotando uma abordagem mais pontual e específica para fazer mudanças na administração pública em vez de propor uma ampla reforma por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
O Governo está elaborando Projetos de Lei para lidar com questões específicas, como a reestruturação de carreiras dos servidores públicos, mudanças nas regras de concursos públicos e a introdução de avaliações de desempenho com metas para os servidores.
Esses PLs são propostas legislativas que passam pelo processo legislativo comum no Congresso, e, se aprovados, se tornarão leis. Eles permitem abordar questões específicas sem a necessidade de alterar a Constituição.
Vale lembrar que a estabilidade do servidor público é um direito garantido pela Constituição, e uma PEC seria necessária para fazer mudanças nesse aspecto.
Ao optar por PLs em vez de uma PEC, o Governo evita mexer diretamente na estabilidade dos servidores, focando em outras áreas da administração pública, por exemplo.
Essa abordagem pode ser vista como uma tentativa de promover mudanças na gestão pública de forma mais rápida e direcionada, sem a necessidade de aprovar uma PEC, que geralmente é um processo mais complexo e demorado, envolvendo maior debate e negociação no Congresso Nacional.
A ministra Esther Dweck está enfatizando que o foco da reforma no serviço público, neste momento, é definir como será a avaliação de desempenho dos servidores, um dos pontos centrais da reforma. Aqui estão os principais pontos abordados:
A ideia por trás dessas mudanças é garantir que os servidores públicos atendam aos padrões esperados de desempenho em suas funções, contribuindo assim para uma administração pública mais eficaz e eficiente.
É importante notar que as demissões por desempenho insatisfatório já são possíveis sob a legislação atual, mas a reforma pode tornar esse processo mais transparente e consistente.
O cronograma mencionado indica que o governo planeja concluir as discussões sobre a reforma administrativa ainda este ano.
Após essa fase de debates e formulação da proposta, o objetivo é enviá-la ao Congresso em 2024. Essa proposta de reforma administrativa, uma vez apresentada ao Congresso, passará por um processo legislativo que incluirá revisões, discussões e votações antes de se tornar lei.
É importante observar que os prazos e o progresso das reformas podem variar de acordo com vários fatores, incluindo negociações políticas, debates públicos e outros eventos imprevistos. Portanto, o cronograma final da reforma administrativa pode estar sujeito a alterações durante o processo legislativo.
As declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicam que o governo está considerando revisar a forma como os concursos públicos são realizados e a maneira como os servidores públicos passam pelo estágio probatório.
O ministro ressaltou a importância de selecionar os candidatos de forma mais adequada e eliminar aqueles que não se adequam ao serviço público durante o estágio probatório.
É importante observar que a revisão dos concursos públicos e do estágio probatório são aspectos que podem ser abordados em uma reforma administrativa mais ampla. Essas mudanças podem estar relacionadas à melhoria do processo de seleção de servidores públicos e à garantia de que apenas aqueles com aptidão e vocação para o serviço público sejam admitidos.
O governo federal também anunciou recentemente a realização de um Concurso Nacional Unificado, com o objetivo de preencher mais de 8 mil vagas autorizadas em 2023 para diversos órgãos do Poder Executivo Federal.
Esse anúncio sugere que, independentemente de discussões sobre reformas futuras, os concursos públicos ainda são uma ferramenta importante para o preenchimento de vagas no serviço público.