Economia

Redução no auxílio emergencial e inflação freiam retomada da economia

Ministério da Economia tinha expectativa de recuperação em V, mas cenário indica que isso não deve acontecer

Durante a pandemia, foram criados indicadores de atividade, para verificar a retomada da economia brasileira. Esses indicadores mostram que o período de forte recuperação da economia se encerrou em outubro, quando houve redução no valor do auxílio emergencial.

Os dados de novembro já confirmam que a atividade se estabilizou em nível ainda mais baixo do que o patamar antes da crise e, agora, a expectativa dos analisas que monitoram esses índices é de que a recuperação seja ainda mais lenta. A acomodação vem sendo sentida principalmente nos setores da indústria e do varejo que já retornaram e que, em alguns casos, já ultrapassaram os níveis de antes da crise.

A conclusão é que o índice está diretamente ligado ao aumento dos preços decorrente da inflação e a redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300, valor da prorrogação que começou a ser paga no fim de setembro e teve impacto no mês seguinte.

Em novembro, a avaliação é de que deve haver manutenção da tendência de outubro, com desaceleração e mudança no perfil de gastos. O índice de confiança do FGV Ibre para comércio, serviços e consumidor também confirma o fim da recuperação mais acelerada da economia brasileira. Esses setores tiveram em outubro a primeira queda desde abril.