O preço médio da gasolina deverá ficar mais barato nos postos do país nos próximos dias. No último sábado (21), a Petrobras reduziu o valor do litro do combustível comercializado para as distribuidoras, e esse reajuste deve chegar aos consumidores que utilizam o combustível.
Em resumo, a Petrobras reduziu em 12 centavos o valor da gasolina. Com isso, o litro do combustível caiu de R$ 2,93 para R$ 2,81, mas vale destacar que esse valor se refere apenas às distribuidoras, já que os consumidores pagam bem mais caro pela gasolina.
A saber, os preços nos postos de combustíveis são bem mais altos porque há outras variáveis que impactam os valores dos combustíveis, como impostos, taxas, margem de lucro e custo com a mão de obra. Portanto, a população deve pesquisar os preços mais econômicos para não pagar mais caro pelo combustível.
A propósito, a Petrobras responde por menos de 40% do preço final da gasolina vendida nas bombas do país. Confira abaixo quais são as variáveis que definem o valor do combustível nos postos:
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio nacional do combustível caiu 0,35% na semana passada, de R$ 5,76 para R$ 5,74 no país. Isso quer dizer que a Petrobras respondeu apenas por R$ 2,13 desse valor.
Com o novo reajuste promovido pela companhia, a expectativa é que os valores médios do combustível caiam oito centavos, para R$ 2,05. Caso isso realmente se confirme, os motoristas terão motivos para comemorar, já que a redução se refere a cada litro do combustível, ou seja, deverá fazer diferença no orçamento mensal dos consumidores.
Cabe salientar que a gasolina comercializada nas bombas do país possui uma mistura obrigatória de etanol. Atualmente, o percentual referente ao combustível fóssil é de 73%, enquanto o etanol anidro responde por 27% da composição da gasolina comercializada nos postos do país.
Nem todos sabem o motivo que obriga a mistura do etanol anidro à gasolina no Brasil. Em suma, essa mistura surgiu na segunda metade do século passado com o principal objetivo de reduzir a dependência do país em relação ao petróleo estrangeiro.
Além disso, o etanol também é muito positivo para a gasolina, pois melhora a sua octonagem, permitindo uma resistência maior à compressão. Em outras palavras, a mistura é muito boa para os motoristas, pois o combustível fica com uma qualidade mais elevada, custando mais barato, já que o etanol é mais barato que a gasolina.
Em síntese, o preço da gasolina é definido, principalmente, conforme a cotação do barril de petróleo e do dólar. Fatores internos também impactam a Petrobras, que leva tudo isso em consideração antes de promover qualquer reajuste nos preços dos combustíveis. Assim, consegue evitar o repasse das volatilidades dos valores para os consumidores do país.
Já no caso do etanol, o produto é extraído da cana-de-açúcar, ou seja, a disponibilidade do produto depende das safras. Inclusive, por se tratar de um combustível renovável, o etanol não produz gás carbônico (CO2), do efeito estufa, pois os gases emitidos na combustão são recapturados durante a plantação da cana-de-açúcar, pela fotossíntese.
Antes do reajuste realizado no último sábado (21), a Petrobras havia elevado em 16,3% o valor da gasolina comercializada para as distribuidoras do país no dia 16 de agosto. Em resumo, esse foi o primeiro aumento no valor da gasolina em quase sete meses, visto que, entre janeiro e agosto, a companhia promoveu outros quatro reajustes, mas todos reduzindo o preço do combustível.
Inclusive, mesmo com o acréscimo do reajuste de agosto, a gasolina vendida para as distribuidoras do país continuou mais barata que em 2022. Agora, com o novo reajuste de outubro, que reduziu o preço do combustível, os valores ficaram ainda mais distantes do observado no final do ano passado.
A saber, o litro da gasolina estava custando R$ 3,08 na última semana de 2022. Agora, com os preços tendo voltado a cair no país, para R$ 2,80, o combustível está ainda mais barato, para alívio dos motoristas.