Reação alérgica da Vacina do covid

Entenda o que se deve considerar sobre essa preocupação

A possibilidade de alergia decorrente da vacina é de 0,1%. Fonte da imagem: Jornal da Unicamp

Alguns dos maiores receios que tem surgido em relação às vacinas para Covid-19 é sobre seus possíveis efeitos colaterais. Há claro as teorias de conspiração absurdas sobre a vacina. Mas também existem aquelas apreensões que são normais sobre uma vacina nova. Uma preocupação relevante diz respeito a possíveis alergias que a vacina pode ter em certos pacientes.

Como existem várias candidatas para a vacina deve-se considerar a diferença de cada uma delas. Todas têm como fim a imunidade contra o vírus da covid-19. Mas a composição química delas vem sendo desenvolvida independente das demais. É esse detalhe que é importante para considerar possíveis alergias.

Lembrando que reações alérgicas em vacinas são previsíveis e não diminuem a importância delas.

O que já temos agora

A consideração sobre possíveis reações alérgicas depende de saber quais vacinas já alcançam a população. Pois a emergência da pandemia acelerou as produção de vacinas de forma inédita na história.

As vacinas feitas por meios tradicionais ainda devem provar sua segurança e eficácia. Mas uma revolução científica já oferece vacinas que cumprem as devidas exigências com êxito.

Tratam-se das vacinas desenvolvidas com o uso do RNA mensageiro. Essa tecnologia inovadora é a que está presente nas vacinas da farmacêutica Pfizer e da startup Moderna. Ela leva ao organismo uma amostra do código genético do vírus para servir de memória na produção de anticorpos.

Agências reguladoras como a NHS britânica e a FDA americana já aprovaram o uso da vacina da Pfizer. A FDA também aprovou para uso recentemente a vacina da Moderna. Assim, países como os EUA, o Reino Unido e a Alemanha já usam essas vacinas para suas campanhas de vacinação.

Entretanto, não há previsão para que essas vacinas cheguem no Brasil ainda. Isso devido a problemas nas negociações entre o governo e as empresas. Assim também se consideraram problemas de distribuição.

Quanto às reações alérgicas

A vacina da Pfizer é até agora a única aplicada em massa. Logo, é também a única que até então se pode verificar direito o surgimento de reações alérgicas. Conforme a da Moderna também deve entrar nas campanhas se poderá verificar melhor o tipo de reação deve surgir dela.

Primeiramente deve-se ter em conta o material que compõe a vacina da Pfizer. De acordo com o Ministério da Sáude do Canadá esses seriam os ingredientes que compõe essa vacina. Qualquer reação alérgica está ligada a algum desses compostos:

  • mRNA;
  • ALC – 0315;
  • ALC – 0159;
  • 1,2- Distearoil-sn- Glicerol-3- Fosfocolina;
  • Colesterol;
  • Fosfato de Sódio dibásico dihidrato;
  • Fosfato de potássio monobásico;
  • Cloreto de Potássio;
  • Cloreto de Sódio;
  • Sacarose;
  • Água para a injeção.

Até então se reportou quatro casos de alergia relacionada à vacina da Pfizer. Igualmente dois no Reino Unido e dois no Alasca. Um dos casos no Alasca intriga por envolver um indivíduo sem histórico de alergias.

Todos os quatro pacientes já passam bem. As reações até então testemunhadas são tidas como anafilactóides. Elas possuem certa força, mas podem ser controladas com a medicação devida.

Entretanto, foi suficiente para acionar o alerta das agências reguladoras. Tanto a NHS quanto a FDA já alertaram que a vacina não deve ser tomada para quem tem histórico de alergias graves.

Enfim, para o restante da população a vacina está liberada e é considerada segura. Se deve lembrar que a chance de desenvolver alergias por conta da vacina é de apenas 0,1%.