Se você encontrar uma moeda de 1 real do ano de 1998 em um trocado no comércio, a dica é não repassar esse item no primeiro momento. Antes disso, é preciso prestar atenção aos detalhes, porque existem casos em que essa peça pode ser vendida por muito dinheiro.
De acordo com os especialistas na área da numismática, o Brasil conta atualmente com dezenas de milhares de moedas raras espalhadas pelo país, e algumas dessas peças são justamente as de 1 real do ano de 1998.
Essa foi a primeira moeda de 1 real da segunda família fabricada pela Casa da Moeda, e distribuída pelo Banco Central (BC). Assim, é possível afirmar que, para além do valor numismático, o exemplar também conta com valor histórico.
As peças da segunda família do Plano Real inauguraram uma nova forma de produzir moedas no Brasil. Com o Plano já consagrado, o Banco Central decidiu colocar essas novas peças em circulação.
Para ajudar no processo de identificação das moedas de 1 real do ano de 1998, listamos abaixo um grupo com as principais características dos exemplares:
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Tomando como base os catálogos numismáticos mais atualizados, é possível afirmar que a moeda de 1 real da segunda família pode ser vendida por até R$ 750 nesse ano de 2024.
Mas tudo vai depender do grau de conservação do exemplar e da presença ou não de variantes específicas como:
Abaixo, você pode conferir os valores projetados mais recentemente para esses exemplares:
Para os iniciantes, as inscrições da imagem acima podem parecer complexas. Afinal de contas, o que significa o termo Flor de Cunho, por exemplo? As classificações acima estão relacionadas ao estado de conservação de cada uma destas peças, segundo as informações de colecionadores.
O termo MBC significa “Muito bem conservada”. Para que a peça entre nesta classificação, ela precisa ter, no mínimo, 70% de sua aparência original. Os analistas também dizem que o seu nível de desgaste deve sempre ser homogêneo.
Uma moeda soberba é a aquela que conta com pelo menos 90% dos detalhes originais preservados. Trata-se de uma peça que conta com pouco vestígio de circulação e de manuseio. No universo da numismática, este item é considerado intermediário, mas já se trata de um valor mais alto.
O termo Flor de Cunho vem da inscrição em inglês uncirculated. Trata-se de uma peça que não apresenta mais nenhum tipo de desgaste e nem de manuseio. Absolutamente todos os detalhes da cunhagem estão com a sua aparência original. Também não há nenhum indicativo de limpeza ou de química. Mesmo por isso, moedas flor de cunho são sempre as mais valiosas.
Uma moeda é considerada certificada quando são encapsuladas por grandes certificadores, como a Numismatic Garanty Company (NGC), e a Professional Coin Grading Service (PCGS). Para os especialistas, estas indicações seriam a certeza do real estado de conservação da peça, e também da integridade da mesma.