A pandemia do coronavírus alterou profundamente a relação dos brasileiros com o mercado de trabalho. Com o advento do home office para alguns usuários, mais pessoas querem regras mais flexíveis para o seu emprego. É isso o que mostra uma pesquisa da rede social profissional do Linkedin, divulgada neste dia 1º de maio.
O levantamento mostra que três em cada 10 trabalhadores brasileiros deixaram os seus empregos por falta de flexibilidade no ano de 2021. Ao mesmo passo, outros 40% dos profissionais consideram seguir o mesmo caminho em um futuro próximo ou ao menos em algum momento da sua carreira.
Os dados mostram que os brasileiros querem trabalhar em empregos mais flexíveis neste momento. Os cidadãos buscam cada vez mais por vagas que permitam mais possibilidades de mudanças de horário e até de tempo de serviço. As razões são as mais variadas. A pesquisa aponta que a preocupação com a vida pessoal é o argumento apontado por 49% dos que procuram as vagas mais flexíveis.
Entretanto, este não é único ponto. Ainda segundo o levantamento, 43% buscam maior produtividade. Essa parcela de trabalhadores acredita que consegue realizar as suas funções com mais qualidade, caso tenham a possibilidade de trabalhar em empregos que permitam uma maior flexibilidade agora.
A pesquisa aponta ainda que 40% buscam uma melhora na saúde mental, 33% querem mais prosperidade e 28% afirmam que as mudanças podem trazer um desenvolvimento mais rápido para a carreira. Além disso, 25% afirmam que a flexibilidade gera um entendimento de que a empresa tem confiança no trabalho que está sendo realizado.
Mas afinal de contas, o que seria a flexibilidade no mercado de trabalho? Segundo análise da própria pesquisa, a possibilidade de ter um emprego mais flexível significa que os trabalhadores poderiam ter mais liberdade.
A hora de trabalho, por exemplo, poderia ser uma definição do empregado e não apenas do empregador. O funcionário poderia escolher o horário em que mais se sente produtivo para melhor realizar o serviço.
Além disso, boa parte dos empregados que responderam a pesquisa, afirmaram que precisam de flexibilidade para escolher momentos de pausa, como um simples período de férias ou mesmo uma paralisação temporária na carreira.
Analistas do Linkedin afirmam que o resultado do levantamento mostra que os cidadãos brasileiros estão mais preocupados com essa situação em função das mudanças impostas pela pandemia do coronavírus no mercado de trabalho.
Devido à situação pandêmica, mais empregados realizaram os seus trabalhos em estado remoto, ou seja, em suas próprias casas. Com o experimento, muitos deles perceberam que a modalidade de emprego seria mais produtiva para o cidadão e para a própria empresa.
Alguns empregadores parecem concordar com a análise. Algumas das maiores empresas do Brasil e do mundo também já começaram a aplicar medidas trabalhistas mais flexíveis, como o aumento do trabalho remoto, por exemplo.