De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre abril e setembro, 9.734.159 trabalhadores formais tiveram redução de salário e jornada de trabalho ou suspensão do contrato. Esse acordo foi prorrogado pelo governo até dia 31 de dezembro de 2020.
O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) foi criado durante a pandemia do novo coronavírus, em abril, por Medida Provisória (MP). Até agora, o programa já havia tido duas prorrogações. A última delas valia até outubro.
Agora, a medida irá valer enquanto durar o estado de calamidade pública no Brasil, ou seja, até o último dia deste ano. O governo estima que, com a medida, serão preservados 10 milhões de empregos.
Até setembro, o número de acordos feitos entre empresas e trabalhadores formais era de 18.378.772. O número engloba acordos iniciais e prorrogações e, por isso, é maior que o número de trabalhadores afetados. Houve pico de adesão em abril, quando foram fechados quase 6 milhões de acordos. Entre maio e julho, foi mantida a média de 3 milhões. Em agosto e setembro, a média caiu para 1 milhão.
Ao todo, 43,8% dos acordos são de suspensão dos contratos. Outros 14,6% são de redução de 25% da jornada; 18,8% de redução de 50% da jornada; 22,1% de redução de 70% da jornada; 1% de intermitente.