A Caixa Econômica Federal conclui nesta quinta-feira (29) os pagamentos de março do Bolsa Família. O maior programa de transferência de renda do país atendeu pouco mais de 20,9 milhões de pessoas de todas as regiões do Brasil, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome.
Especificamente nesta quinta-feira (29), os repasses do benefício estão sendo liberados para os usuários que possuem o Número de Identificação Social (NIS) final 0. De acordo com a Caixa Econômica Federal, o dinheiro está na conta destes usuários desde as primeiras horas da manhã.
Como este é o último grupo a receber o saldo, é possível afirmar que todos os mais de 20,9 milhões de usuários que estão dentro do Bolsa Família já receberam o benefício relativo ao mês de março. Agora, os olhos destes cidadãos se voltam para a próxima liberação.
Mas afinal de contas, quando os pagamentos do Bolsa Família serão retomados? Segundo informações do governo federal, o benefício social será retomado a partir do próximo dia 17 de abril. A ideia é realizar as liberações nos 10 últimos dias úteis do próximo mês.
Assim como acontece normalmente, o cidadão vai precisar se basear no final do seu Número de Identificação Social (NIS) para saber quando poderá receber o saldo em sua conta. No calendário abaixo, esta indicação se torna um pouco mais clara. Veja:
Assim como aconteceu em março, os pagamentos do Bolsa Família devem partir de uma base de R$ 600 por família. Entretanto, este valor pode ser elevado, ou até mesmo reduzido, a depender da quantidade de benefícios internos a que o usuário tem direito.
De antemão, já é possível confirmar que em abril serão realizadas as liberações dos seguintes adicionais:
Em entrevista à revista Veja divulgada na última semana, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, voltou a falar sobre o assunto. Segundo ela, o governo federal ainda segue investigando a possibilidade da existência de fraudes em programas sociais e previdenciários.
Tebet foi questionada sobre este assunto em um contexto de tentativa de entrega do chamado déficit zero pela equipe econômica. Jornalistas questionam esta conta, porque de um lado o governo promete aumentar os gastos com programas sociais, mas também promete reduzir o tamanho do estado.
“Continuo defendendo a meta zero até o final. A regra fiscal empodera a avaliação de políticas públicas porque faz cada ministério sair da zona de conforto para que gastemos bem os recursos que temos”, disse Tebet ao ser questionada sobre este assunto.
“O problema não é gastar muito, é gastar mal. Houve fraude em alguns programas no governo passado e ainda estamos investigando se tem mais. Estamos procurando no INSS, em pagamentos de seguro-defeso, em cadastros do Bolsa Família“, seguiu a ministra do Planejamento.