Antes da escrita chegar ao formato que conhecemos e usamos hoje, ela passou por diversas transformações. A história da escrita nos mostra que diversos elementos vieram aos poucos, com o passar dos séculos como, por exemplo, o espaçamento entre as palavras e a acentuação.
Outro elemento que surgiu após séculos desde a invenção da escrita foram os sinais de pontuação. Apesar de hoje serem indispensáveis no sistema de escrita ocidental, os sinais de pontuação nem sempre estiveram no dia a dia dos letrados. Inclusive, os diferentes sinais surgiram em períodos diferentes.
Só a partir do século XVII é que a pontuação entrou plenamente em uso. A maioria dos sinais de pontuação apareceu na Europa entre os séculos XIV e XVII.
De acordo com o linguista Osvaldo Humberto Leonardi Ceschin, da Universidade de São Paulo (USP), “Eles [os sinais de pontuação] nasceram para facilitar a leitura e a compreensão dos textos”. Certamente a leitura sem sinais como ponto, vírgula e interrogação, por exemplo, causava muita confusão.
Nesse sentido, os sinais de pontuação têm como objetivo tonar a leitura mais simples e de melhor entendimento. No entanto, nem sempre os sinais tiveram as mesmas funções que conhecemos hoje.
O ponto final, por exemplo, que surgiu ainda no Egito Antigo e é o mais antigo sinal de pontuação, era usado em textos poéticos e no ensino de crianças na escrita hierática. Porém, à medida que os jovens ficavam fluentes na leitura, os pontos eram retirados.
Interrogação (?) e exclamação (!) – surgiram no século XIV;
Vírgula (,) e ponto e vírgula (;) – surgiram no século XV;
Dois pontos (:) – surgiu no século XVI;
Aspas (“”) – surgiu no século XVII.
E aí? Curtiu saber mais sobre os sinais de pontuação e sobre a história da escrita? Então deixe seu comentário!