São mais de 5,16 bilhões de usuários ativos de Internet, o que se traduz em 64,4% da população global, segundo números do WeAreSocial. Conforme demonstrado por outro estudo da Statista, a maioria dos usuários globais afirma que não poderia “imaginar sua vida sem a Internet”, e é ativamente conectada à rede por uma média de até 6,4 horas por dia. Dentre esses usuários globais, segundo o estudo Digital 2023, havia 181,8 milhões de usuários de Internet no Brasil, no início de 2023, o que representa 84,3% da população.
Isso significa que o mesmo número de pessoas corre o risco de ser vítima de golpes de Internet e ciberataques. A era digital, embora traga inúmeros benefícios, comprovado por esse universo de usuários, não está isenta de perigos. A equipe da Check Point Research (CPR), especialistas em segurança da informação, destaca que houve uma escalada de 38% nos ataques cibernéticos apenas no ano passado.
Quais são as armas do cibercrime
Os cibercriminosos de hoje são muito mais astutos e versáteis, empregando uma variedade de táticas, como:
Malware direcionado a crianças: As crianças, apesar de saber como usar a tecnologia, são inocentes e vulneráveis. Aplicativos maliciosos, habilmente camuflados sob marcas ou personagens familiares a elas, representam ameaças substanciais.
Business Phishing: Business email compromise (BEC) é um tipo específico de ataque de phishing, cujo objetivo é induzir os funcionários a realizar ações prejudiciais, geralmente enviando dinheiro para o atacante. Os cibercriminosos se fazem passar por entidades confiáveis, usando e-mails enganosos e sites falsificados, tudo com o objetivo de furtar dados críticos.
Fraudes nas mídias sociais: As plataformas sociais estão repletas de brindes e concursos falsos, astuciosamente projetados para induzir os usuários a compartilhar inadvertidamente suas informações pessoais.
Golpes por telefone: Golpes de voz, muitas vezes atacando os idosos, capitalizam a percepção de intimidade e imediatismo da comunicação por voz para enganar as pessoas.
Violações de IoT: A proliferação de dispositivos conectados, chamados de Internet das Coisas (IoT), forneceu inadvertidamente aos cibercriminosos novos gateways para infiltração não autorizada de dados.
Como se proteger
Para manter uma presença online mais segura, a Check Point lista algumas dicas vitais:
Atualizações consistentes: Manter todos os softwares e aplicativos do computador e smartphone atualizados garante proteção contra vulnerabilidades conhecidas. Isso porque as empresas sabem quando surgem vulnerabilidades em seus sistemas e o atualizam para corrigi-las.
Evite abrir anexos desconhecidos: Arquivos não solicitados, por mais benignos que pareçam, podem ser cavalos de Troia ou outro tipo de vírus de computador. Recomenda-se cautela e, principalmente, não abrir tais arquivos desconhecidos.
Senhas fortes: É fundamental criar senhas exclusivas, uma fusão de letras, números e símbolos. Cada vez mais serviços, programas, aplicações ou aplicativos podem ser usados pela Internet. Por esta razão, as mesmas credenciais de acesso são frequentemente utilizadas para simplificar e evitar problemas de esquecimento e conectividade. Porém, este é um grande erro, pois se um cibercriminoso obtiver acesso à base de usuários e senhas de qualquer um desses aplicativos, será muito fácil invadir o restante das contas.
Mais dicas de segurança
Outras formas do usuário se proteger são:
Aproveite o 2FA: A autenticação de dois fatores (2FA) reforça a segurança da conta ativando uma camada de verificação secundária, geralmente por e-mail ou SMS. A 2FA fornece uma barreira adicional caso as senhas sejam comprometidas. Ao adicionar uma etapa obrigatória em que o usuário deve autorizar o acesso a uma de suas contas, essas ferramentas podem deter e prevenir ataques cibernéticos.
Vigilância com aplicativos: Tenha discernimento ao instalar aplicativos, optando apenas por aqueles de fontes confiáveis e verificadas. Games, redes sociais, banco online, entre outros, são apps que estão cada vez mais disponíveis para download e isso significa que os usuários tendem a instalar um grande número desses programas em seus dispositivos móveis. É importante que o usuário se certifique de baixar aplicativos a partir da loja oficial (Play Store, App Store e outras), caso contrário, poderá perder o controle sobre seus dados.
Atenção às Wi-Fi públicas e discrição: Redes públicas, muitas vezes desprovidas de segurança robusta, são terrenos férteis para violações cibernéticas. É prudente limitar as atividades confidenciais nessas redes.