Os elementos da narrativa são recursos usados para detalhar acontecimentos de um texto narrativo. Os elementos da narrativa são enredo, tempo, narrador e personagens que ajudam a contextualizar uma história.
Uma narrativa é um tipo de texto descritivo de histórias fictícias ou reais, com personagens inseridos em determinados tempo e espaço. São exemplos: conto, fábula, romance e novela.
O enredo, é o conteúdo que dá construção ao texto da história. Trata-se de ser o assunto da trama, contada de maneira linear ou não linear.
Todo enredo tem um núcleo, que chamamos de conflito. É por meio desse conflito que determina-se o nível de tensão (expectativa) para prender o leitor. É, ainda, no enredo que os acontecimentos da história se desenrolam.
Tendo como narrativa um conflito, existem alguns tipos de estrutura para a organização e melhor desenvolvimento do texto.
A forma mais conhecida de enredo é a que começa pela exposição da situação, citando personagens, tempo e espaço. Os fatos são narrados a partir da complicação e finaliza-se com o clímax da história. Na conclusão do enredo tem-se o desfecho.
Uma forma menos comum de começar um enredo é pelo desfecho. Esse tipo é normalmente visto em textos jornalísticos, que apresenta a informação rápida e precisa. Essa forma dá, ao leitor, a oportunidade de continuar ou não a leitura, dependendo do seu interesse.
O enredo também pode ser construído somente através de diálogos, dando voz aos personagens podendo, inclusive, dispensar o narrador.
O enredo também aparece em outros tipos de texto, além do texto narrativo. O fator narrativo que que estabelece a forma como o enredo vai ser contado é o tempo.
O tempo determina o período em que a história se passa. Há dois tipos de marcação de tempo na narrativa: os tempos externos e internos.
Os tempos externos de uma nova narrativa determinam o tempo do escritor, que faz referência ao tempo histórico de sua vida. Essa marcação de tempo interfere na organização da sua narrativa conforme os valores da época dos personagens e com os movimentos literários.
O outro tipo de tempo externo é o do leitor. Nessa marcação, um texto escrito no século XVIX, por exemplo, pode ser lido na própria época e depois por um leitor de outro tempo. Por serem leitores que possuem valores e expectativas diferentes, a leitura será interpretada também de maneira diferente.
Os tempos internos da narrativa consideram uma análise das relações entre a história e o discurso. Esse tipo de marcação temporal é cronológico, podendo ser explicitada pelo narrador ou deduzida pelo leitor.
No tempo da história mostra-se a dimensão humana da ordem dos acontecimentos. Com isso, além da marcação cronológica, ocorre o tempo psicológico, em que o tempo cronológico aparece distorcido em função das vivências subjetivas dos personagens.
O tempo interno do discurso é a representação narrativa do tempo da história, que aparece de forma linear, enquanto o leitor lê a história.
Um dos principais elementos narrativos é o narrador. Ele é o responsável por conduzir a narração da história, representando a “voz” do texto.
O narrador pode ser classificado em narrador personagem, que participa da história; narrador observador, conhece a história, observa e relata os fatos na 3ª pessoa do singular; e narrador onisciente, que conhece toda a história, conhece os outros personagens, inclusive comportamentos, pensamentos e ideias, com narração em 1ª pessoa ou 3ª pessoa.
O narrador também pode utilizar recursos temporais como a proporção do tempo da história no discurso. Ele pode explorar anos da vida da personagem em poucas linhas ou desenrolar em algumas páginas. Assim, o narrador pode resumir alguns fatos e destacar outros, de acordo com o foco de seu discurso narrativo.
Existem cinco possíveis proporções entre o tempo da história e o tempo do discurso dentro na narrativa, são eles:
É uma estratégia em que o narrador esconde informações que ele considera irrelevantes ou para causar, propositalmente, um clima de suspense.
No resumo, o tempo da história tem uma extensão maior que o tempo para leitura da informação. Aqui, o tempo da história é maior que o tempo do discurso.
No discurso direto, o tempo em que os personagens levam para falar é o tempo em que o leitor leva para ler. Assim, o tempo da história igual ao tempo do discurso.
Na análise, o narrador pausa a história para fazer reflexões sobre alguma ação ou para descrever o espaço. Por isso, o tempo da história torna-se menor que o tempo do discurso.
É o recurso que o narrador usa para se afastar da história que está contando, para explicitar seu ponto de vista ou conversar com o leitor.
Além de um bom enredo, os personagens são elementos da narrativa que também ajudam a contar uma boa história.
Como elementos da narrativa, os personagens são as pessoas que estão presentes na história. Eles recebem classificações diferentes conforme o nível de atuação e importância.
É o personagem principal da história, cuja apresentação normalmente é mais bem desenvolvida. A experiência do protagonista é o foco da narrativa, por isso ele é tão importante.
Ajudam a enriquecer a história, permitindo que diferentes abordagens do tema central sejam explorados. É o personagem que possui relação de proximidade com o protagonista.
É o personagem que atua como obstáculo para o protagonista, dificultando na realização dos objetivos do personagem principal.
É o personagem que tem uma relação próxima com o antagonista e compartilha, em algum nível, o mesmo desejo que ele.
Personagem de menor importância, mas que ajuda no desenvolvimento da história.
Personagem de menor importância, usados para compor o cenário. Assim, não tem relação com o enredo ou nenhum dos personagens. São usados apenas para compor um cenário.