A prorrogação do auxílio emergencial custará menos que o esperado. O programa irá custar R$ 67 bilhões aos cofres públicos, diferente dos quase R$ 100 bilhões que haviam sido estimado por economistas e por Paulo Guedes, ministro da Economia.
Um dos motivos para a prorrogação do auxílio custar menos que o esperado é o pente-fino que o governo pretende fazer para os próximos pagamentos. Ou seja, nem todos os beneficiários que receberam as cinco parcelas de R$ 600 poderão receber as quatro parcelas de R$ 300.
Atualmente, com as parcelas de R$ 600, o auxílio tem o custo de cerca de R$ 51,5 bilhões a cada mês. A expectativa era de que, com parcelas de R$ 300, o custo do programa caísse pela metade, de algo de cerca de R$ 25 bilhões por mês. Sexta-feira passada, entretanto, foi divulgado que o programa tem estimativa de gasto de R$ 1,67 bilhões por mês.
Gustavo Guimarães, secretário especial adjunto de Fazenda do Ministério da Economia, afirmou que a redução do custo foi possibilitada pelo remanejamento nos recursos liberados para o Bolsa Família e por causa do pente-fino que será feito para as próximas parcelas.
O objetivo é não continuar pagando o auxílio para quem, de acordo com o governo, não precisa mais dele. Um exemplo são os beneficiários que conseguiram um emprego formal enquanto recebiam o auxílio. De acordo com Guimarães, foi feito um “aperfeiçoamento com critérios que delimitam quem pode ter acesso ao benefício agora”.