Os brasileiros esperam a tão sonhada prorrogação do auxílio emergencial, tanto os que já precisam do benefício, tanto lojistas que viram seu movimento cair com o fim do benefício. O auxílio deixou de ser pago em dezembro, mas até agora o governo federal não anunciou prorrogação.
Neste enredo, políticos como o ministro da Economia, Paulo Guedes e a sua equipe; o presidente da Câmara (Arthur Lira/PP-AL) e do Senado (Rodrigo Pacheco/DEM-MG), tem afirmando que são contra a criação de um novo imposto para bancar uma nova rodada do auxílio emergencial. As informações são do blog da jornalista de política, Ana Flor.
Por outro lado, dentro do próprio governo há interlocutores que têm defendido a volta de tributos temporários, como, por exemplo, um no molde da antiga CPMF. Todavia, as fontes que conversaram com o blog afirmaram que Guedes tem se firmado na ideia de corte de gastos e não aumento de tributos.
O corte de gastos tem sido visto como uma maneira de equilibrar as contas e garantir verba para nova rodada do auxílio emergencial.
Depois de negar a volta do auxílio emergencial, declarando que “não é aposentadoria”, Bolsonaro voltou atrás e afirmou que está negociando o benefício com parlamentares. Já o recém-eleito presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), declarou “expectativa positiva” de um anúncio ainda está semana.
Mesmo com a possível nova rodada do auxílio emergencial, nenhum detalhe foi dado pelos dois políticos. Eles não disseram, por exemplo, qual o novo valor, quantas parcelas serão pagas, tampouco quem deve ser beneficiado.
A preocupação central estaria acerca da questão fiscal. “A área econômica, que precisa zelar pelo equilíbrio fiscal, compreendeu a urgência do auxílio, e a área política entendeu que é preciso sinalizar com uma contrapartida”, disse um integrante do governo, ao blog.
Para resolver este dilema, de acordo a fala de um integrante do governo ao blog, a equipe econômica, encabeçada por Guedes, está a favor de uma contrapartida a chamada como “PEC para crises fiscais”. O blog não detalhou o que seria a medida e o que seria alterado nos gastos do governo e na vida da população.
A PEC seria uma espécie de novo marco legal para enfrentar crises futuras. Não uma alta de impostos.
O presidente também tem se pronunciado nos últimos dias contra o aumento de impostos. Todavia, a CPMF, um imposto sobre transações, tem sido visto por ele como uma maneira de desonerar a folha de pagamento das empresas.