Frente ao final do pagamento da segunda parcela (metade das quatro liberadas), a prorrogação do auxílio emergencial 2021 começou a ser discutida e pode se tornar uma realidade.
Nesta terça-feira (25), por exemplo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), propôs a edição de uma medida provisória para estabelecer a prorrogação do auxílio emergencial 2021. De acordo com ele, o benefício deveria ser pago por “um ou dois meses”. Isso enquanto não é lançado “um programa social mais permanente” no Brasil.
“O que nos cabe agora, como homens públicos, responsáveis, tendo essa responsabilidade social, mas, obviamente, sem olvidar da responsabilidade fiscal, é identificar se esses quatro meses do auxílio emergencial serão suficientes ou se precisaremos estender por mais um ou dois meses”, afirmou.
Durante a sua participação no BTG Pactual CEO Conference, o parlamentar ainda defendeu que é necessário “discutir com seriedade” um programa que “incremente ou substitua o Bolsa Família, atingindo o maior número de pessoas realmente necessitadas”.
Até o momento, o Governo Federal sobre a gestão de Bolsonaro não anunciou qualquer prorrogação do auxílio emergencial 2021. Isso não significa que a renovação não deve acontecer.
Mesmo neste ano, a ideia do governo federal era não renovar o auxílio emergencial, mas voltou atrás após pressão. Por isso, não se pode destacar a possível prorrogação do auxílio emergencial 2021.
Por outro lado, a ajuda para as famílias de baixa renda pode vir de outra forma. O ministro da Economia, de Paulo Guedes, afirmou no passado a possibilidade de um novo programa social para substituir o Bolsa Família. Nada novo neste sentido foi anunciado até agora, mas é uma possibilidade.
Há cerca de “5 milhões de pessoas na porta de entrada do Bolsa Família e necessitando ter esse auxílio mais perene”, defendeu Pacheco. Ou seja, um programa permanente e reformulado.
“A boa discussão para se definir um valor desse programa social mais perene, que deve ser implantado no Brasil, de uma renda mínima, uma renda cidadã, uma renda para as pessoas realmente mais vulneráveis no Brasil. Há uma gama grande, cerca de 5 milhões de pessoas na porta de entrada do Bolsa Família. Pode, eventualmente, ser editado mais um ou dois meses enquanto não há implantação de um programa perene de assistência social. É isso que o Congresso Nacional fará, ou como protagonista ou como coadjuvante, não importa”, defendeu o presidente do Senado.