Proposta de campanha prevê a criação de um adicional de R$ 300 para usuários do programa Auxílio Brasil do Governo Federal. A ideia é que os pagamentos aconteçam por um período de, no mínimo, um ano. Caso seja aprovado, o projeto permitiria que os cidadãos recebessem saldos mensais de R$ 900.
Entretanto, mesmo em caso de aprovação, a proposta não atingiria todos os mais de 20 milhões de usuários do Auxílio Brasil. A promessa foi feita pelo candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho (União Brasil). Ele detalhou o projeto durante uma entrevista para uma rádio do estado ainda nesta semana.
“Vamos criar um programa social que possa garantir R$ 300 por mês para todas as famílias que hoje estão nos programas sociais, unificando e ajudando os pernambucanos neste momento de maior vulnerabilidade”, disse Coelho. Dados oficiais apontam que mais de 33 milhões de brasileiros estão em situação de fome hoje.
“Mas não queremos que essas famílias fiquem dependentes disso (do auxílio). Vamos promover cursos e exigir que os beneficiários participem para que eles possam ganhar um, dois, três salários mínimos, possam abrir um negócio. Resumindo, queremos que as pessoas tenham dignidade e futuro”, completou o ex-prefeito da cidade de Petrolina.
Hoje, o Auxílio Brasil do Governo Federal faz pagamentos mensais de um patamar mínimo de R$ 600 por família. De fato, algumas pessoas podem receber um pouco mais depois da soma dos chamados benefícios internos. Qualquer estado ou município do país pode criar por conta própria um sistema de saldo extraordinário sobre este valor.
Considerando apenas o caso da proposta de Pernambuco, os cidadãos poderiam receber um patamar mensal de R$ 900 por mês. Entretanto, isto só poderia acontecer se o Auxílio Brasil do poder executivo fosse mantido na casa dos R$ 600.
Hoje, a indicação da PEC dos Benefícios é que os pagamentos turbinados do programa social do Governo Federal só poderiam durar até o final deste ano de 2022. Por esta lógica, a partir de 2023, o projeto social voltaria ao patamar de R$ 400.
Considerando este segundo cenário, com diminuição de valor do benefício, os pernambucanos em situação de vulnerabilidade poderiam receber até R$ 700 por mês. Obviamente, isto apenas aconteceria caso Miguel Coelho vencesse as eleições e cumprisse a promessa.
De toda forma, não é apenas em Pernambuco que os candidatos estão prometendo novos auxílios nas eleições deste ano. Até mesmo políticos que costumavam discordar dos repasses aos mais pobres, agora afirmam que pagarão as quantias.
Do ponto de vista nacional, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vem dizendo que manterá o valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 no próximo ano. Seus principais adversários como o ex-presidente Lula (PT) e Simone Tebet (MDB) também.
Qualquer cidadão que está mais preocupado com a questão dos auxílios sociais pode consultar as propostas dos candidatos para tal área através do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No documento oficial, os políticos apresentam as suas propostas para esta área.