O Auxílio Emergencial do Governo Federal deverá chegar ao fim dentro de mais alguns dias. De acordo com o calendário oficial do programa, o último repasse deve acontecer ainda no próximo dia 31 de dezembro deste ano. Pelo menos essa é a expectativa até aqui. Com isso, alguns milhões de brasileiros ficarão sem nada a partir de novembro.
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Pelas contas do Ministro da Cidadania, João Roma, algo em torno de 25 milhões de brasileiros ficarão nesta situação. Há cerca de duas semanas, ele chegou a dizer que o Governo Federal estaria trabalhando em algumas ideias para atender esse público a partir do próximo mês.
Imaginou-se em um primeiro momento que tudo isso poderia ser resolvido com uma prorrogação do Auxílio Emergencial por mais alguns meses. Só que não é isso o que vai acontecer. Em entrevista para uma rádio do Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (25), Bolsonaro confirmou que não vai esticar o programa social.
Diante desse cenário, uma ala do Palácio do Planalto decidiu aumentar a pressão sobre o Governo Federal. Já que a prorrogação do Auxílio Emergencial não aconteceu, eles querem que Bolsonaro consiga pelo menos a criação de um novo projeto para uma parte deles. Pelo menos por um tempo.
Só que ao que parece, o Governo Federal não quer mais mudar de ideia. Na entrevista que deu para a rádio do Mato Grosso do Sul, ele disse que não pode mais prorrogar o Auxílio Emergencial por uma questão de respeito para com as contas públicas. Ele não deu mais detalhes sobre essa situação.
Logo depois dessa declaração, algumas pessoas foram até as redes sociais para criticar o Presidente Jair Bolsonaro. Alguns internautas chegaram a dizer que ele só estaria se preocupando com o teto de gastos quando o assunto é o Auxílio Emergencial.
Explica-se: é que o Governo Federal já admite que vai furar o teto de gastos para bancar o aumento do Bolsa Família no próximo ano. De acordo com o próprio Bolsonaro, o benefício vai subir de uma média de R$ 189 para um mínimo de R$ 400.
Além disso, Bolsonaro também anunciou a criação de um terceiro auxílio. Este também vai pagar R$ 400 por mês e vai para caminhoneiros. De acordo com o Presidente, o objetivo é ajudar os trabalhadores a pagarem o combustível.
A verdade é que o Governo Federal vai cortar o Auxílio Emergencial justamente em um momento em que o custo de vida no Brasil está cada vez mais alto. Pelo menos é isso o que se sabe oficialmente.
Nas ruas, muita gente está reclamando do aumento dos preços de vários itens e serviços. Conta de luz, botijão de gás, combustível e cesta básica formam o quarteto vilão da conta dos brasileiros no final do mês.
Por isso, os usuários do Auxílio Emergencial estão preocupados com o que pode acontecer com eles a partir do próximo mês. Principalmente porque se sabe que conseguir um emprego no Brasil, segue sendo uma tarefa difícil neste momento. Agora é esperar para saber o que vai acontecer.