Dentre os fatores utilizados na mensuração das projeções oficiais do Banco Central do Brasil (BCB), são utilizados o PIB, o nível de utilização da capacidade instalada (Nuci, calculado pela FGV), a taxa de desocupação (medida pelo IBGE) e o estoque de empregos formais medido pelo Caged do Ministério do Trabalho e Previdência, conforme detalha a própria instituição.
O Banco Central do Brasil (BCB) destaca que ainda que o modelo adiciona estrutura econômica à estimação da trajetória do hiato ao considerar sua relação com a inflação de preços livres, via curva de Phillips, e com a própria curva IS.
Utilizando a metodologia descrita, o hiato do produto estimado interrompeu sua trajetória de fechamento, que vinha ocorrendo depois de atingir o vale no segundo trimestre de 2020 como resultado da pandemia, informa o Banco Central do Brasil (BCB). Depois de alcançar -1,5% no terceiro trimestre de 2021, o hiato é estimado em -1,6% e -1,8% para o quarto trimestre de 2021 e primeiro de 2022, respectivamente.
Por outro lado, essas estimativas indicam um hiato um pouco mais fechado do que o apresentado no Relatório anterior, refletindo principalmente o comportamento melhor do que o esperado para o PIB e a taxa de desocupação, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
O PIB, depois de atingir os níveis pré-pandemia no primeiro trimestre de 2021 e apresentar queda e relativa estabilidade nos dois trimestres seguintes, cresceu 0,5% no último trimestre de 2021, na comparação com o trimestre anterior, ajustado sazonalmente.
Conforme avalia o Banco Central do Brasil (BCB), os indicadores de mercado de trabalho permanecem evoluindo de forma positiva. A taxa de desocupação continuou sua trajetória de declínio iniciada no início de 2021, chegando no final do ano a níveis semelhantes ao vigentes antes da pandemia.
No mesmo sentido, as contratações líquidas medidas pelo Caged continuam no campo positivo. O Nuci tem oscilado em torno de níveis semelhantes aos vigentes no segundo semestre de 2021 e superiores aos pré?pandemia, destaca o Banco Central do Brasil (BCB) em divulgação oficial feita recentemente.
O hiato do produto projetado continua seu movimento de abertura ao longo de 2022, atingindo -2,3% no último trimestre, retomando depois a trajetória de redução de sua abertura, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em recente divulgação oficial.