Conforme informações oficiais do Banco Central, ao longo de 2022, espera-se ritmo de crescimento menor do que no segundo semestre de 2021, resultando em crescimento anual de 2,1%, confira as projeções do BC para o PIB 2022.
O Relatório de Inflação disponibilizado pelo BC, aponta que o hiato do produto em patamar menos negativo, que reduz o espaço para a recuperação cíclica, e o movimento de aperto monetário ora em curso, cujos efeitos ocorrem de maneira defasada, são fatores que contribuem para a desaceleração da taxa de crescimento.
Sendo assim, esta previsão ainda apresenta grau elevado de incerteza e está apoiada nas seguintes hipóteses: continuidade do arrefecimento da crise sanitária, diminuição gradual dos níveis de incerteza econômica ao longo do tempo, manutenção do regime fiscal e ausência de restrições diretas ao consumo de eletricidade.
Pelo lado da oferta, agropecuária, indústria e serviços devem avançar 3,0%, 1,2% e 2,5%, respectivamente. A projeção de crescimento para a agropecuária considera condições climáticas mais favoráveis e expansão da área plantada de produtos com elevada participação no setor, como soja e milho, em decorrência dos incentivos gerados pelo patamar elevado dos preços de commodities agrícolas.
O BC informa que para os setores secundário e terciário, projeta-se crescimento baixo para a maioria dos segmentos, dados o menor espaço para recuperação cíclica e os efeitos do ciclo de aperto monetário ora em curso. Ainda beneficiada por condições externas favoráveis, apesar das incertezas recentes, a atividade extrativa deve exibir o maior crescimento entre os segmentos da indústria, em linha com prognósticos favoráveis para a produção de petróleo e minério de ferro, aponta o BC.
Ordem das informações: Acumulado no ano – Variação %
Discriminação 2020 – 2021 – Anterior – Atual
Fonte: IBGE
Estimativa.
Fonte das informações: Relatório de Inflação \ Banco Central do Brasil \ Setembro 2021.
O relatório informa que as taxas de variação esperadas para consumo das famílias, consumo do governo e FBCF são 2,2%, 2,5% e ?0,5%, respectivamente. Apesar da redução das transferências governamentais esperada para 2022, o consumo das famílias deve ser favorecido pela continuidade da recuperação do mercado de trabalho. O consumo do governo ainda deverá encerrar 2021 em patamar inferior ao do pré?pandemia, o que representaria, portanto, espaço para recuperação cíclica ao longo de 2022, em especial nos serviços de saúde pública, informa o BC por meio de documento oficial.