O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com alguns ministros da área social do governo na última terça-feira (14). Na ocasião, muitos assuntos foram discutidos, inclusive sobre programas sociais. Nesta feita, foi pautado o retorno de uma medida criada no antigo mandato petista.
De acordo com o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, o programa Mais Médicos voltará durante o atual mandato de Lula. A iniciativa será implementada com o mesmo objetivo, de levar os profissionais da saúde a regiões remotas do país. No entanto, deve passar por uma reformulação para ser relançado.
“Nós faremos provavelmente semana que vem um ato com o ministério da Saúde. Para retomar e fazer de uma vez só esses credenciamentos represados e a volta de um programa de capacitação e oferta de médicos regiões mais distantes”, disse Rui Costa após a reunião.
Por ter acontecido apenas uma reunião, ainda não se sabe se o programa será lançado nos mesmos moldes do antigo. Na época, eram contratados médicos estrangeiros que tinham interesse em atuar em regiões remotas do Brasil.
A expectativa é que o novo Mais Médicos seja anunciado na próxima semana, segundo o Ministro da Casa Civil. Além disso, Rui Costa garantiu que a iniciativa vai aumentar e contará com especialistas em atenção básica.
“O fato é que o programa será ampliado, incluindo inclusive a formação de especialidades na atenção básica, ou seja, nós vamos elevar a oferta de serviço, não apenas de forma quantitativa, mas qualitativa… Isso [o uso de estrangeiros] está sendo definido, a prioridade será para os brasileiros”, afirmou.
Por fim, de acordo com as informações, a nova versão do programa contará com a validação de diplomas de medicina. Assim, profissionais brasileiros que se formaram no exterior e estrangeiros passarão por uma avaliação para definir se estão aptos.
“Dentro do programa de atendimento aos médicos nós vamos voltar, dentro desse escopo, a fazer a validação de diplomas de brasileiros que se formaram no exterior. Então o programa de revalidação volta para disponibilizar e possibilitar que essas pessoas possam trabalhar tendo em sua formação validada e possam trabalhar ajudando a alcançar essa assistência”, completou o ministro.
Em 1º de agosto de 2019, o então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), assinou uma MP (Medida Provisória) que criou o programa “Médicos pelo Brasil”, com o objetivo de suprir a demanda por profissionais no território nacional.
Na ocasião, o programa foi implementado em substituição ao “Mais Médicos”, lançado em 2013 no governo de Dilma Rousseff. Tal iniciativa buscava aumentar o número dos especialistas em saúde, especialmente no interior do país.
Desse modo, aqui, os profissionais, principalmente de Cuba, tinham a assistência necessária, como moradia, entre outras necessidades. Contudo, em novembro de 2018, depois de críticas feitas por Bolsonaro, Cuba deixou o programa.
Com isso, mais de 8.000 médicos cubanos retornaram ao seu país.