O programa “Desenrola“, uma das principais bandeiras do governo liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, e sob a orientação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem ganhado destaque por sua abordagem inovadora na renegociação de dívidas no Brasil.
Recentemente, uma pesquisa realizada pela Quaest trouxe à luz a opinião dos brasileiros em relação a esse programa, revelando que 70% dos cidadãos aprovam a iniciativa. Em suma, a pesquisa, que entrevistou 2.029 pessoas entre os dias 10 e 14 de agosto, apresentou resultados detalhados sobre a percepção e experiência dos brasileiros com dívidas.
De acordo com os resultados da pesquisa, a abordagem do programa “Desenrola” recebeu a aprovação significativa de 70% dos entrevistados. Essa abordagem visa ajudar indivíduos endividados a se reerguerem financeiramente por meio de um processo de renegociação de suas dívidas. Desse modo, os números revelam que a maioria dos entrevistados vê o programa como um passo positivo em direção à resolução de suas obrigações financeiras.
A pesquisa também explorou a experiência dos entrevistados com dívidas e os desafios que enfrentaram. Cerca de 56% dos entrevistados admitiram ter tido seu nome registrado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou no Serasa, instituições que registram informações sobre a situação de crédito dos consumidores.
Certamente, isso ressalta a extensão do endividamento no país. Entre aqueles que enfrentaram problemas com dívidas, 51% disseram que ainda estão com o nome sujo, enquanto 48% conseguiram negociar e liquidar suas dívidas.
Um ponto interessante é que a pesquisa revelou as diferentes abordagens que os entrevistados adotaram para resolver suas dívidas. Desse modo, a maioria, representando 37%, conseguiu limpar seus nomes ao renegociar a dívida diretamente com o banco, muitas vezes obtendo reduções nos valores devidos.
Outros 25% optaram por estender o prazo de pagamento, tornando a parcela mensal mais acessível, enquanto 8% escolheram cortar gastos no orçamento familiar para eliminar suas dívidas.
Os resultados da pesquisa forneceram uma visão abrangente do panorama de endividamento no Brasil. Aproximadamente 67% dos entrevistados admitiram ter algum nível de dívida. Dentro desse grupo, 31% se consideraram fortemente endividados, enquanto 36% reconheceram ter dívidas em menor escala. No entanto, é notável que 33% dos entrevistados afirmaram não ter dívidas em seu nome.
As discrepâncias nas taxas de endividamento também foram evidenciadas na pesquisa. Entre as famílias com renda de até 2 salários mínimos, 38% relataram ter muitas dívidas, 34% afirmaram ter poucas e 28% disseram não possuir nenhuma dívida.
Nas faixas de renda média (entre 2 e 5 salários mínimos), 30% alegaram ter muitas dívidas, 38% tinham dívidas em menor escala e 32% estavam sem dívidas. Na camada de renda mais alta, apenas 22% afirmaram ter muitas dívidas. Enquanto 34% admitiram ter poucas dívidas, resultando em uma taxa geral de endividamento de 44%.
A pesquisa também revelou os principais tipos de dívidas que os entrevistados possuem. A maior parcela, correspondendo a 31%, tinha dívidas relacionadas a cartões de crédito. Além disso, 14% possuíam dívidas relacionadas a prestações, financiamentos e aluguel de imóveis, enquanto 11% tinham dívidas provenientes de empréstimos. Adicionalmente, 55% enfrentavam dívidas ligadas a prestações de veículos.
O programa “Desenrola” emerge como um esforço governamental bem recebido pelos brasileiros, proporcionando uma solução viável para a questão das dívidas. As estatísticas da pesquisa indicam que o programa conseguiu não apenas atrair a aprovação de 70% dos cidadãos, mas também desempenhar um papel importante na renegociação de dívidas e na redução das taxas de endividamento em diferentes faixas de renda.
De forma geral, o “Desenrola” é um programa relevante para que o cidadão recupere o seu poder de compra, impactando a economia de forma positiva.