Ainda estamos nos recuperando do calor extremo e, de repente, um novo alerta de onda de calor é emitido. A previsão do tempo indica que 15 estados e o Distrito Federal devem enfrentar temperaturas acima da média nos próximos dias.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) divulgou na última terça-feira (12.dez.2023) um informe alarmante. De acordo com o instituto, uma onda de calor deve atingir 15 estados e o Distrito Federal a partir desta quinta-feira (14.dez).
As regiões Centro-Oeste e Sudeste, bem como algumas áreas das regiões Norte e Nordeste, deverão ser as mais afetadas por este novo episódio de altas temperaturas.
As máximas podem superar os 40°C nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, interior de São Paulo, Goiás e Bahia.
Segundo o Inmet, as elevadas temperaturas se manterão até o próximo domingo (17.dez).
O ano de 2023 já bateu recordes de temperatura, sendo considerado o mais quente da história. E a previsão do tempo indica que as altas temperaturas continuarão.
As consequências dessas altas temperaturas não são apenas desconforto físico. As ondas de calor podem provocar sérios problemas de saúde e até mesmo mortes.
Quando o ar está mais quente que a temperatura da nossa pele (normalmente entre 36°C e 37°C), nosso corpo começa a ganhar calor. A temperatura central do corpo começa a subir, o que pode afetar vários órgãos se não for controlado. Podem ocorrer desde sintomas leves, como mal-estar e dor de cabeça, até situações mais graves, como danos a órgãos vitais e morte.
O corpo humano possui mecanismos para tentar regular a temperatura interna quando exposto a temperaturas extremas. Quando expostos ao calor, começamos a suar e os vasos sanguíneos periféricos se dilatam. No entanto, em temperaturas muito altas, especialmente quando também está úmido, o mecanismo de resfriamento do suor se torna menos eficaz, levando ao superaquecimento corporal, insolação e possíveis danos aos órgãos.
A umidade do ar pode influenciar a capacidade do corpo de se resfriar. Quando o nível da umidade relativa do ar está alto em um dia quente, o suor na nossa pele não consegue evaporar de forma eficiente no ar, dificultando a regulação da temperatura corporal.
Alguns grupos correm mais riscos durante o calor extremo. Crianças e idosos, por exemplo, são especialmente vulneráveis. Os bebês e as crianças perdem líquidos mais rapidamente do que os adultos e dependem de cuidadores para os ajudar a se resfriar. Já as pessoas mais velhas podem ter problemas de saúde que as colocam em maior risco, e seus corpos respondem ao calor de maneira diferente.
Alguns medicamentos podem afetar a capacidade do corpo de lidar com o calor. Alguns antidepressivos e antipsicóticos podem afetar a produção de suor, enquanto medicamentos para tratamento de doenças cardíacas, como remédios contra a hipertensão, podem causar desidratação e afetar os rins.
A proteção contra o calor extremo envolve várias medidas, desde a hidratação do corpo até a busca de locais frescos.
É importante manter a temperatura da casa abaixo de 32°C durante o dia e 24°C à noite. Para isso, você pode usar o ar noturno para resfriar sua casa, abrindo janelas e persianas durante a noite, e também reduzir a carga de calor interna fechando janelas expostas ao sol, desligando dispositivos elétricos e pendurando cortinas.
Evite sair durante as horas mais quentes do dia e atividades físicas extenuantes. Se a sua casa não estiver fresca, passe algumas horas por dia em locais com ar-condicionado, como edifícios públicos.
Beba água regularmente e evite álcool e cafeína, que contribuem para a desidratação. Além disso, tome banhos frios e use compressas frias para aliviar o calor.
Se sentir tontura, fraqueza, sede intensa ou dor de cabeça, procure ajuda. Beba água ou suco para se reidratar. Em casos graves, como delírio, convulsões e inconsciência, chame ajuda médica imediatamente.
O calor extremo pode ser desafiador, mas com as medidas corretas, é possível proteger a si mesmo e aos seus entes queridos. Lembre-se, a prevenção é sempre a melhor estratégia.