Presidentes de partidos de oposição se reuniram nesta terça-feira (13), em Brasília, para tentar unificar o discurso da esquerda em torno da pauta do Auxílio Emergencial. Participaram da reunião os presidentes do PT, PSOL, PDT, PCdoB, Rede, Cidadania e PV.
Na reunião, eles decidiram que seguirão “lutando pelo Auxílio Emergencial no valor de R$ 600”. Mas eles não explicaram bem como irão fazer isso dentro do cenário atual. Isso porque o Governo já começou os pagamentos do novo Auxílio e os valores são bem menores do que esse que eles estão pedindo.
Seja como for, os presidentes dos partidos disseram que a reunião seria importante pata tentar criar uma imagem de união da esquerda na oposição ao Governo do Presidente Jair Bolsonaro. O objetivo da reunião em questão foi portanto tentar unificar o discurso.
“Reunião muito unitária e com sintonia entre os partidos para combater a crise e defender o povo brasileiro”, avaliou o presidente do PSOL, Juliano Medeiros. Ele foi portanto um dos presidentes que postaram imagens da reunião em suas redes sociais oficiais.
O Governo, aliás, pagava R$ 600 até meados de agosto do ano passado. Logo depois o Governo abaixou o valor para R$ 300, e chegou a interromper o benefício por cerca de três meses. Agora, o Auxílio voltou com valores menores do que vimos no ano passado.
De acordo com as informações oficiais, o Governo começou os pagamentos do novo Auxílio Emergencial ainda no último dia 6 de abril. De lá para cá, os informais que nasceram nos meses de janeiro, fevereiro e março já receberam a primeira parcela do benefício.
A ideia do Governo é pagar quatro parcelas ao todo nesse Auxílio. Os valores variam entre R$ 150 e R$ 375. A grande maioria das pessoas irá receber mesmo esse valor menor. E isso preocupa muita gente. É que com R$ 150 não dá para comprar muita coisa no mercado hoje em dia.
Além disso, há uma crítica sobre a demora na liberação dos saques desse Auxílio. É que em muitos casos, as pessoas estão tendo que esperar até um mês entre a liberação do dinheiro e a liberação dos saques nas agências. Esse foi um dos pontos da reunião com os presidentes dos partidos nesta terça (13).
Na mesma reunião, os presidentes dos partidos de oposição fecharam questão sobre outros temas. Um desses temas é a CPI da pandemia. Eles decidiram que irão fazer pressão para tentar conseguir colocar essa CPI para frente. Além disso, eles dizem que querem seguir tentando concretizar o impeachment do Presidente.
“As lideranças partidárias apresentaram preocupação com a tentativa de esvaziamento no Senado da proposta de CPI para investigar os crimes de Bolsonaro na pandemia. Ao tentar mudar o escopo original para “investigar todas as esferas”, os aliados de Bolsonaro tentam, na verdade, fazer com que a CPI não investigue ninguém”, diz a nota do PSOL.
“Se o impeachment é a saída política e definitiva para solucionar a crise, os partidos também apontaram a necessidade de defender medidas concretas e ágeis que podem ser tomadas pelo Congresso Nacional, como a retomada de um auxílio emergencial de R$ 600 para combater a fome”, completa a nota.