Nesta segunda-feira (08), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), indicou que o governo pode voltar a pagar o auxílio emergencial de forma excepcional até que seja providenciado mais recursos para a votação de um novo projeto.
“A população já está sentindo a falta do auxílio. Nós estamos ainda em um período de pandemia acirrada. Não tenho dúvidas de que o governo federal vai estar sensível a isso. Só temos duas saídas: ou votamos rapidamente o Orçamento [de 2021] ou o governo federal vai procurar alguma forma de o Congresso excepcionalizar temporariamente até que nós tenhamos orçamento para votarmos um projeto novo de inclusão mais acessível para a população e que traga aquelas pessoas que estão hoje numa situação muito difícil”, afirmou.
O deputado não deu detalhes de como o pagamento seria realizado. Informou também que o governo federal não lhe apresentou uma proposta para solucionar a questão do auxílio emergencial.
Atualmente, o governo discute sobre o pagamento de parcelas de R$ 200 em troca de medidas de ajuste fiscal.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou, na semana passada, que o auxílio emergencial pode ser prorrogado novamente neste ano, contudo, será destinado apenas metade dos beneficiários que receberam em 2020.
Ao lado do novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Guedes informou que a retomada do auxílio emergencial vai depender do acionamento de novas cláusulas.
O presidente do Senado se manifestou e afirmou que “a pandemia continua e agora eu vim ao ministro da Economia, Paulo Guedes, externar o que é a preocupação do Congresso Nacional […], que é uma preocupação em relação à assistência social, a um socorro que seja urgente, emergencial, para poder ajudar a camada mais vulnerável.”
“O auxílio emergencial, se nós dispararmos as cláusulas necessárias, dentro de um ambiente fiscal robusto, já mais focalizado – em vez de 64 milhões, pode ser a metade disso, porque a outra metade retorna para os programas sociais já existentes –, isso nós vamos nos entender rapidamente porque a situação do Brasil exige essa rapidez” , disse Paulo Guedes.