O preço médio da gasolina caiu nas bombas dos postos por todo país pela décima semana consecutiva. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados na última sexta-feira (2), o preço médio do combustível caiu de R$ 5,25 para R$ 5,17. Esse valor representa uma diminuição de 1,5% no preço. A última vez que o combustível esteve neste patamar foi na última semana de fevereiro de 2021.
Além da gasolina, o etanol também representou queda na média. O preço médio para o combustível passou de R$ 3,84 para R$ 3,71, o que representa uma queda de 3,4%. Já com relação ao preço médio do diesel, este passou de R$ 6,93 para R$ 6,90, redução de 0,4%, sendo o preço mais baixo visto para o diesel desde a semana encerrada em 11 de junho deste ano, quando registrava R$ 6,91.
Na última semana de junho de 2022, a gasolina teve o seu pico, isso quando registrava uma média de R$ 7,39 nas bombas. Ao analisar o último levantamento da ANP, a queda acumulada para o combustível chega a 30%, oque equivale a R$ 2,22 por litro.
Já o preço mais alto encontrado para a gasolina, no Amazonas, estava valendo R$ 7,00 o litro. Também no Amazonas, foi encontrado o valor mais alto para o diesel, custando R$ 8,89 o litro, enquanto o mais caro para o etanol foi encontrado no Rio Grande do Sul, registrando R$ 6,99 o litro.
As atuais reduções nos preços dos combustíveis vem sendo observada desde o decreto imposto pelo Governo Federal que limita o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com isso foi adotada pelos estados um teto de 17% a 18%, para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
Além disso, outro ponto importante que deve impactar no preço dos combustíveis para as próximas semanas, foi a redução anunciada pela Petrobras de 7,08% no preço da gasolina para as distribuidoras. Essa redução passou a valer na sexta-feira (2). O litro passará de R$ 3,53 para R$ 3,28, uma redução de R$ 0,25 nas distribuidoras.
Com a expectativa da inflação rodando ali em torno de zero para setembro, a mudança deve atingir o medidor oficial em -0,24% e contribuir para um IPCA negativo neste mês. Quem indica este ponto é o economista André Braz, que coordena o Índice de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).
Braz explica que, “aumentou a chance da gente ter uma inflação negativa no final deste mês pelo peso que a gasolina tem no orçamento familiar, que compromete em média 6,5%”. O economista acredita que o desconto no preço às distribuidoras deve causar uma diminuição de 4% na gasolina comum vendida nos postos.