O preço médio da gasolina caiu novamente nos postos do país na semana passada. O combustível ficou apenas um centavo mais barato, mas a notícia é positiva para os consumidores, até porque qualquer queda nos preços é mais vantajosa que o seu encarecimento.
Com isso, o valor médio nacional do litro da gasolina caiu de R$ 5,63 para R$ 5,62. Esse é o menor patamar desde a semana encerrada em 12 de agosto, quando o preço do litro da gasolina estava custando R$ 5,53, ou seja, em quatro meses meses.
De acordo com os dados do levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina acumula uma queda de 26 centavos nos últimos meses.
Em resumo, o combustível passou a registrar valores cada vez mais baixos no país no final de agosto, e isso vem se mantendo até agora, aliviando o orçamento dos consumidores do país. Contudo, todos esses recuos ainda não conseguiram eliminar a alta acumulada nas semanas anteriores.
A saber, o combustível acumulou uma queda de 26 centavos desde agosto. Com isso, eliminou a maior parte do avanço acumulado naquele mês, de 36 centavos, mas não o avanço por completo.
No final de 2022, o preço médio nacional do litro da gasolina era de R$ 4,96, ou seja, o valor atual do combustível está 66 centavos mais caro que no ano passado. Em síntese, o valor está mais elevado neste ano, para tristeza dos motoristas, por causa dos impostos cobrados sobre o combustível.
A gasolina começou a ficar mais cara no Brasil em março deste ano, quando o Governo Federal voltou a cobrar parte das alíquotas dos impostos federais PIS/Pasep e Cofins que incidiam sobre gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural. O governo havia prorrogado a isenção desses impostos por dois meses, entre janeiro e fevereiro.
Em junho, os motoristas tiveram mais uma péssima notícia. O Ministério da Fazenda aprovou uma mudança em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que incide sobre os combustíveis, elevando o preço da gasolina.
Antes, os estados definiam as alíquotas de ICMS que iriam incidir sobre o litro da gasolina. No entanto, a partir de junho, houve a “unificação” da alíquota em todo o país, e o ICMS passou a ser de R$ 1,22 sobre o litro do combustível. Isso foi muito ruim para os brasileiros, pois a maioria dos estados aplicava alíquotas menores que R$ 1,22.
Já em julho, os preços da gasolina subiram novamente devido à reoneração dos combustíveis. Em suma, o governo Lula (PT) retomou a cobrança integral de tributos federais PIS/Pasep e Cofins sobre a gasolina e o etanol no início deste mês, após prorrogar por mais quatro meses a desoneração parcial sobre esses combustíveis, até o final de junho.
Na semana passada, o preço da gasolina caiu em três regiões brasileiras, com exceção do Sul, onde o combustível ficou estável, e do Centro-Oeste, onde ficou três centavos mais caro. A região Norte seguiu com o maior preço do país (R$ 6,04 por litro), enquanto o valor mais acessível foi registrado no Sudeste (R$ 5,53).
Além disso, a ANP revelou que o preço médio da gasolina caiu em 16 das 27 unidades federativas (UFs). Em contrapartida, os valores subiram em apenas sete UFs. Já em outros quatro estados, os valores não apresentaram variações em relação à semana anterior.
Após essas oscilações, os estados que comercializaram a gasolina com os preços médios mais altos do país foram:
Como visto, os preços mais elevados se concentraram na região Norte, dificultando a vida dos motoristas. Alguns estados do Nordeste também apresentaram valores bem altos, mas isso não foi homogêneo na região.
Embora alguns estados nordestinos tenham apresentado uma gasolina cara na semana passada, os menores preços médios do país ainda ficaram concentrados na região. Confira quais foram os valores mais acessíveis do país:
Por fim, vale destacar que a ANP coleta os preços praticados em milhares de combustíveis em todo o país desde 2004 e divulga semanalmente os preços médios da gasolina, do etanol e do diesel em cada região brasileira, bem como em cada estado e sua respectiva capital.