Os motoristas do país não ficaram muito felizes com a variação dos preços dos combustíveis nesta semana. Quem abasteceu o tanque do seu veículo percebeu que os valores subiram significativamente em relação à semana passada, principalmente o etanol e a gasolina.
Em suma, os combustíveis ficaram mais caros devido ao acréscimo nas taxas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) imposto pelos Estados. O imposto sobre a gasolina passou de R$ 0,15 para R$ 1,37 por litro, enquanto o do diesel passou de R$ 0,12 para R$ 1,06 por litro.
Cabe salientar que a alíquota do ICMS teve um forte avanço em relação à gasolina e ao diesel, mas não atingiu o etanol. Isso porque o preço do biocombustível não possui regulação no país. Contudo, seu valor tende a seguir as variações da gasolina, uma vez que ambos são concorrentes nas bombas.
Os dados fazem parte do levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). De acordo com a pesquisa, a alta semanal fez o preço médio do etanol passar de R$ 3,41 para R$ 3,55.
A propósito, a ANP coleta preços dos combustíveis em milhares de postos do país e divulga semanalmente os valores. Inclusive, o levantamento teve início em 2004.
Nesta semana, o etanol ficou mais caro no Brasil, e isso aconteceu de maneira disseminada. O preço do biocombustível subiu em todas as regiões do país: Centro-Oeste (17 centavos), Norte (16 centavos), Nordeste (14 centavos), Sudeste (14 centavos) e Sul (12 centavos).
Com o acréscimo destas variações, os valores chegaram aos seguintes patamares:
O etanol ficou mais caro a nível nacional devido às altas registradas em quase todos os locais. Em síntese, o valor subiu em 23 das 27 unidades federativas (UFs), com destaque para os seguintes locais:
O grande destaque da semana foi o Rio Grande do Norte, que registrou uma alta quase cinco vezes maior que o avanço médio nacional. Esse resultado impulsionou a alta do etanol no país nesta semana e dificultou a vida dos motoristas que residem no estado nordestino.
Vale destacar que as altas não foram apenas expressivas. Por falar nisso, os avanços mais leves ocorreram nos seguintes locais: Acre (três centavos), Pará (cinco centavos), Rio Grande do Sul (cinco centavos), Paraíba (sete centavos), Rio de Janeiro (sete centavos).
Além disso, a ANP revelou que os preços se mantiveram estáveis no Ceará. Por sua vez, os valores caíram em Rondônia (-13 centavos), Roraima (-3 centavos), Maranhão (-1 centavo) e Piauí (-1 centavo). Já no Amapá não houve divulgação dos preços nesta semana.
Em síntese, nenhum estado do Norte comercializou o etanol a preços inferiores à taxa nacional (R$ 3,55). Isso explica por que a região tem o maior preço médio do país.
Aliás, o menor valor do Norte foi observado no Tocantins, que comercializou o combustível a R$ 3,93, preço 10,7% maior que a taxa média nacional.
Veja os maiores valores médios do país:
Em suma, os consumidores que moram em estados da região Norte sofreram para conseguir abastecer o tanque de combustível dos seus veículos com etanol. Os valores mais elevados no país foram registrados na região, que apresentou um preço médio bem maior que as demais.
Diante de valores muitos altos, os motoristas procuram os postos de combustíveis com os preços mais baratos para abastecerem o tanque de combustível dos seus veículos. O problema é que os valores costumam ser bastante parecidos entre os estabelecimentos de uma mesma região.
De acordo com os dados da ANP, alguns estados apresentaram preços bem mais acessíveis aos consumidores na semana passada, abaixo da média nacional. A propósito, sempre vale a pena fazer algumas buscas por valores mais baixos, pois existem estabelecimentos que não praticam preços muito elevados.
Confira os únicos locais onde o etanol não custou mais que a média nacional:
A saber, o preço médio do etanol só ficou abaixo da média nacional em quatro estados, como visto acima. Em resumo, esse cenário mostra que estes quatro estados, com destaque para São Paulo, influenciaram de maneira bem mais intensa a média nacional que as demais unidades federativas, puxando o valor para baixo.