Os brasileiros que compraram imóveis residenciais nos últimos 12 meses pagaram mais caro no país. Isso porque o preço de venda de imóveis residenciais subiu 5,29% no recorte até setembro.
Na matéria que acaba de sair hoje, você poderá ver que, de acordo com o Índice FipeZap, o avanço anual foi completamente diferente do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador considerado a inflação do aluguel. Em resumo, o IGP-M acumulou uma variação negativa de 5,97% em 12 meses.
Já na comparação com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, o Índice FipeZap teve uma variação praticamente idêntica. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA acumulou alta de 5,28%.
Para quem não sabe, o Índice FipeZap analisa o comportamento do mercado imobiliário em 16 capitais e 34 cidades brasileiras. Assim, a Fipe divulga uma média de variação mensal e anual dos preços em todos estes 50 locais pesquisados, baseando-se em anúncios imobiliários publicados na internet.
O levantamento revelou que os preços de venda dos imóveis residenciais subiram em 49 das 50 cidades pesquisadas. A única exceção foi Santa Maria (RS) cuja variação acumula nos últimos 12 meses até setembro ficou negativa em 0,65%.
Entre as 16 capitais presentes no Índice FipeZap, todas tiveram taxa positiva no período, dificultando a vida dos consumidores que compraram um imóvel no período.
Confira abaixo a variação registrada por todas as capitais pesquisadas:
Esses dados revelam que apenas quatro capitais tiveram variações inferiores à taxa nacional. Como estas cidades exercem forte influência no Índice FipeZap, suas taxas menos expressivas puxaram a média do país para baixo, mesmo com várias cidades apresentando altas superiores a 10%.
Em setembro, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas foi de R$ 8.622/m². Confira o valor médio do metro quadrado de imóveis residenciais nas 16 capitais monitoradas:
Como visto acima, apenas os valores de Vitória, São Paulo, Florianópolis, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília ficaram acima da média nacional. Contudo, as outras dez capitais pesquisadas tiveram valores inferiores ao preço médio do país.
No entanto, ao considerar todas as 50 cidades do levantamento, o metro quadrado mais caro foi o de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, onde chegou a R$ 12.470. Em contrapartida, o município de Betim, em Minas Gerais, foi o município com o metro quadrado mais barato do país, com o valor de R$ 3.775.
O aumento dos preços de venda de imóveis residenciais teve um desempenho bastante expressivo em 2022. Embora a inflação tenha perdido força no país no decorrer do ano, isso não aconteceu no setor de venda de imóveis. Por isso, as pessoas que compraram um local no ano passado não tiveram muito o que comemorar.
Em síntese, o Índice FipeZap+ fechou o ano passado com uma variação de acumulada de 6,16%. Esse foi o maior avanço anual desde 2014, quando os preços de venda de imóveis subiram 6,70%. Em outras palavras, faziam oito anos que os valores não subiam tanto quanto no ano passado.
A título de comparação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 5,79% entre janeiro e dezembro de 2022. Em resumo, o indicador estourou pela segunda vez a meta inflacionária.
Da mesma forma, o aumento nos preços do aluguel de imóveis residenciais também superou a taxa registrada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). Em suma, o indicador acumulou uma variação de 5,45% em 2022, taxa que também ficou abaixo do IPCA.
Todos estes dados mostram que os novos proprietários de imóveis residenciais tiveram que pagar mais caro para adquiri-los no ano passado. E isso vem se repetindo em 2023, com os preços se mantendo em nível elevado no país.